BENTO GONÇALVES

8 vinícolas para conhecer na Serra gaúcha


Separei para você, com a chegada do inverno que inicia oficialmente hoje, 21 de junho de 2021 e que promete ser rigoroso, 8 vinícolas gaúchas, que estão situadas na região Serrana entre os municípios de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Garibaldi e Pinto Bandeira. São 8 vinhedos para tirar o dia para beber, comer e simplesmente relaxar em uma das regiões mais bonitas do Sul do Brasil. Ao longo deste roteiro atraente e atual (feito em tempos de pandemia), é possível visitar, com segurança, pequenas e charmosas propriedades rurais, vinícolas familiares e de renome internacional. 

Qual vinícola quer conhecer hoje? Família Geisse | Don Giovanni | Dal Pizzol | Miolo | Vinhos Viapiana | Cristófoli | Lidio Carraro | Vinícola Aurora

8 vinícolas na Serra gaúcha

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Luciano Nagel visita as vinícolas da Serra Gaúcha

O texto continua após os serviços recomendados.

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1. Vinícola Família Geisse

A vinícola Geisse fica localizada no município de Pinto Bandeira, considerado o mais jovem do Brasil. É uma vinícola bem familiar e foi fundada em 1982 pelo engenheiro agrônomo e enólogo chileno Mário Geisse. Atualmente ele vive na região de Marchigue no Valle Colchagua, no Chile e mantém o cultivo de uvas destinadas à produção de vinhos, como Carménere e Cabernet Sauvignon. Antes de fundar sua empresa no Brasil, o enólogo já circulava por terras sulinas em meados dos anos 70. 

Jardim da Vinícola Cave Geisse
Geisse Open Lounge no município de Pinto Bandeira
Cave Geisse, entre as melhores vinícolas na Serra Gaúcha
Diretor de Marketing, Daniel Geisse

No dia em que conheci a Vinícola Família Geisse, o diretor de marketing e filho de Mário, o brasileiro-chileno Daniel Geisse, explicou que naquela região são elaborados os melhores espumantes pelo método tradicional. 

A ideia é aproveitar ao máximo as características desta microrregião e implantar em todos os vinhedos o sistema de espaldeira, trabalhando com índices de produção controlada”, disse Daniel. 

Os vinhedos são tratados de maneira sustentável, o que possibilita a produção de uvas, como a Chardonnay e Pinot Noir, sem resíduos de agrotóxicos. No total são 40 hectares de parreiras cultivadas em um solo totalmente fragmentado, ou seja, que permite que as plantas tenham uma raiz mais profunda e as parreiras sofram menos com a falta ou excesso de água, gerando assim uma safra de boa qualidade e quantidade, já os outros 40 hectares são de mata nativa e não possui solo ideal para o cultivo de vinhas e sim para hiking (trilha de um dia), passeio de 4×4 ou apenas contemplação da natureza.

Experiências de Enoturismo na Serra Gaúcha

degustação na Vinícola Cave Geisse
Tábua com queijos, jámon espanhol, frutas e castanhas acompanha a degustação

Na familiar e acolhedora vinícola conheci o “Geisse Open Lounge”, um local bem aconchegante, ao ar livre, em meio ao gramado, com infraestrutura de trailer coberto, que oferece serviço de espumantes, vinhos, empanadas chilenas artesanais e petiscos como salames, variedades de queijos, jamón espanhol, castanhas de caju, tâmaras, damascos e pitayas. Realmente deliciosos.  

Vinícola Cave Geisse
(crédito Claudia Rodrigues – Felipe, o pequeno viajante)

Para beber, foi servido pelo anfitrião da casa uma garrafa de 1,5l de Cave Geisse 2012 Brut – 108 meses, 9 anos de guarda. O espumante contém 70% Chardonnay e 30% Pinot Noir e tem como seu principal preferencial, o tempo de guarda em contato com as leveduras, que entregam a este saboroso espumante, uma estrutura fantástica com características de mel, nozes entre outras especiarias. Apesar de produzir vinhos, o carro chefe da Geisse são mesmo os espumantes. Em 2012, Oz Clarke, maior degustador da Europa, escolheu seus vinhos e espumantes favoritos e a Cave Geisse ficou em 3º lugar. Já em 2014, o Espumante Brut foi eleito o melhor pelo Anuário Vinhos do Brasil

No interior da vinícola também tive a oportunidade de conhecer o “Tasting Geisse”, que é uma visita guiada pelas instalações, onde a tradição e a tecnologia convivem em perfeita harmonia. Mesmo para quem não entende nada de vinhos e espumantes, sai dali tendo uma noção básica sobre o tema, mas não pode ter faltado às aulas de química durante o ensino médio. 

Bom, quem quiser visitar o local, tomar um bom espumante, experimentar uma deliciosa empanada chilena e saber um pouco mais dessa maravilhosa vinícola, deixo aqui o contato: 

Onde: Linha Jansen, s/n, Pinto Bandeira (Rota Vinhos de Montanha)
Site: cavegeisse.com.br
Reservas Whats App: 54 996.966791

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2. Don Giovanni 

Não muito distante da Geisse fica a vinícola Don Giovanni. Dá até para dizer que ambas são vizinhas em Pinto Bandeira. Antes da pandemia, em janeiro de 2020 estive lá, onde fiquei hospedado na pousada, um casarão antigo, datado em 1930. Na época, conheci o acervo de perfumes que pertence à proprietária da pousada, Beatriz Dreher Giovanni, carinhosamente chamada por Dona Bita, amante das artes e do bom vinho, claro. 

Recentemente retornei a Don Giovanni e para minha surpresa vi um novo restaurante, agora do lado de fora, ou seja, no pátio a caminho dos vinhedos. O Nature, como foi batizado há poucas semanas, privilegia o conceito de estar inserido na natureza. Sua fachada é toda de vidro e proporciona ao visitante um panorama deslumbrante, em especial durante o entardecer. No local é servido um menu harmonizado com vinhos e espumantes da Don Giovanni e há duas opções de ambientes – o espaço interno e a área externa do gramado, também chamada de “wine garden”. 

Restaurante em uma das vinícolas da Serra Gaúcha
Restaurante Nature, novo empreendimento no espaço da Don Giovanni. (Foto: Divulgação, D.Giovanni)
Cabernet Franc 1994

Voltei à cave da Don Giovanni e o diretor Daniel Panizzi fez questão de abrir uma garrafa de Vinho Fino Tinto Seco – Cabernet Franc 1994. Nunca havia tomado um vinho tão envelhecido assim. Dizem os especialistas que o vinho tem um gosto melhor com o passar dos anos por uma reação química complexa que ocorre entre açúcares, ácidos e substâncias conhecidas como compostos fenólicos. “Com o tempo, essa reação química afeta o sabor do vinho de uma forma que confere um sabor agradável”, ao menos é o que afirmam. Eu experimentei e gostei. 

Jantar no restaurante do porão

Restaurante Nature em uma das vinícolas da Serra Gaúcha
Risoto de moranga e filet migon (Foto: Maurício de Oliveira)

À noite, jantei no porão da pousada, onde fica o tradicional restaurante, que por sinal é rústico e muito bem decorado. O jantar foi harmonizado e elaborado pelo Chef Rafael Jacobi. No menu, de entrada uma deliciosa salada de folhas verdes com queijo parma desidratado. Já, o prato principal foi composto por um risoto na moranga e filet mignon e para finalizar, de sobremesa morangos com merengues e calda de caramelo salgado. A-P-R-O-V-A-D-O. 

Onde: Linha Amadeu, Pinto Bandeira – RS (Rota Vinhos de Montanha)
Site: dongiovanni.com.br
Telefones: 54 3455.6294 ou 3455.6293

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3. Vinícola Dal Pizzol 

Se no seu roteiro está a cidade de Bento de Gonçalves, você não pode deixar de visitar o Parque Temático do Vinho – Dal Pizzol. O local fica no Distrito de Faria Lemos e é de uma beleza ímpar. O legal do passeio é levar a família para almoçar no Ristorante Dal Pizzol que oferece uma vista panorâmica para um lindo lago com patos e cisnes, inclusive um casal de cisnes-negros. Durante o almoço, se tiver sorte, ainda é possível ver alguns pavões circulando em volta do restaurante ou até mesmo na porta dando uma “olhada” se sobrou algo da refeição. O restaurante oferece pratos típicos da culinária italiana, com a tradicional sequência e opções a la carte.

Durante a visita, a vinícola proporciona ao turista uma experiência sensorial em que o participante é convidado a vendar os olhos e explorar os sentidos, por meio da audição (sim, isso mesmo), do tato, olfato e por último e melhor, a degustação, de vinho, é claro. Foi uma prova legal. Nunca tinha participado disso. 

Vinícolas da Serra Gaúcha: Dal Pizzol
Vinhos Dal Pizzol em total “repouso”

Degustação às cegas na Serra Gaúcha

O “experimento” dura cerca de 2h. Primeiro uma assistente da Dal Pizzol venda seus olhos e posteriormente coloca um áudio, de poucos minutos, para todo o grupo escutar. Devido à pandemia o número de pessoas é reduzido na sala sensorial. No áudio, escutei uma porta se abrindo, alguns passos, ecos no caminhar, parecia um local sombrio com piso molhado. No meu parecer, era apenas uma pessoa. Não sabia o gênero. Escutei um barulho de garrafa abrindo e um copo, uma taça enchendo e parou por aí minha imaginação fértil. Fim da sessão auditiva, mas os olhos continuam tapados.

Depois disso, rola um debate entre os participantes. Alguns já estão angustiados, outros nem tanto. Eu me sentia bem. Em seguida, começa a etapa sensorial do tato. A assistente coloca delicadamente em sua mão um tecido muito parecido com lã ou algodão. Você toca, aperta, sente suavidade. Uns dizem que é lã, outros alegam firmemente que é algodão, ou algodão  em bolinha e arriscam até em dizer a cor, neste caso, eu. 

Degustação às cegas em uma das vinícolas da Serra Gaúcha
Degustação às cegas na Dal Pizzol

Algodão de bolinha azul clarinho”, digo. 

Tinha gente que jurava que era lã de ovelha. Bom, mas durante o período do teste, ainda não sabíamos. 

Chegando na terceira fase, experimentamos a sensação do olfato, lembrando que sempre de olhos cobertos com um lenço de cor preto personalizado da Dal Pizzol (risos). Sempre soube que os aromas podem nos trazer fortes sensações e memórias poderosíssimas e os bons vinhos, no meu ver, são perfumados, se é que posso caracterizá-los assim, já que sou aspirante no tema. Mas me chamaram a atenção e disseram que são a-r-o-m-a-t-i-z-a-d-o-s.

Novamente a jovem assistente nos avisa que irá entregar em nossas mãos uma taça com algumas especiarias dentro. Ao aspirar, sinto um cheiro de frutas cítricas, algo como laranja, maçã, morango. Também parece que tem banana e goiaba no meio. Pronto, a taça é imediatamente recolhida da mão e outra é colocada sobre a mesa. Agora o aroma é outro. Tem cheiro de café, tabaco, baunilha e chocolate. Outros do grupo arriscam em dizer que tem até pedaços de pão torrado na taça. ”Não acredito’’, pensei. Retirada a taça da mão, me passam outra taça, agora com a bebida. Mandam eu enviar literalmente o ouvido dentro. Isso mesmo, o ouvido. Escuto borbulhas. Pedem para eu cheirar. Tem cheiro um pouco cítrico, no meu parecer de quem não entende de vinho ou espumante, mas pelo barulho, sabia ser espumante. Provei e realmente era o que previa. 

Como fazer

A degustação às cegas é uma experiência muito legal, pois mexe com todos os sentidos sensoriais da gente. O valor pago pelo visitante inclui uma taça personalizada, uma bandana da Dal Pizzol e a visita pelo Parque Temático do Vinho. Ah! Falando ainda sobre o Parque, bem no ”coração” dele, tive a oportunidade de conhecer, em meio a videiras, uma enoteca, que abriga uma coleção de garrafas de safras antigas, desde a fundação da vinícola em 1974. 

Onde: RS 431 – km 5 – Distrito de Faria Lemos – Bento Gonçalves (Rota Cantinas Históricas)
Site: dalpizzol.com.br/enoturismo
Telefones: 54 3449.2255 ou pelo Whats App 54 999.384681 

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ENCONTRE HOSPEDAGEM NA SERRA

4. “Wine Garden” Miolo 

Localizado no Vale dos Vinhedos, é lugar ideal para quem deseja tomar um bom espumante e apreciar a natureza. Em meio aos parreirais e o varejo da vinícola, o “jardim do vinho” é um convite ao prazer para ser desfrutado seja sozinho, ou até mesmo com a família. É impossível não ficar encantado com o local, principalmente na estação do outono onde as folhas douradas de plátano cobrem o enorme gramado, perfeito para um piquenique. 

Quando eu estive lá, antes da chegada oficial do inverno, provei dois espumantes. O primeiro foi um Miolo – Cuvée Tradition Brut, elaborado pelo método tradicional Champenoise com as uvas Chardonnay e Pinot Noir. Este espumante natural brut permanece 12 meses sobre borras, envelhecendo nas caves subterrâneas da vinícola Miolo. Já, o segundo foi um  espumante Miolo Cuvée Brut Rosé, produzido com uvas Pinot Noir (60%) e Chardonnay (40%), cultivadas na Denominação de Origem do Vale dos Vinhedos. Este espumante é elaborado seguindo rigorosamente o Método Tradicional de fermentação na garrafa e envelhecido por 12 meses nas caves subterrâneas da reserva. 

Vinícolas da Serra Gaúcha: Miolo
Espumantes da Vinícola Miolo
“Wine Garden” Miolo

Excelente como aperitivo, me caiu bem esses dois espumantes. Aprovado! Ao pedir uma garrafa de vinho ou espumante, me ofereceram uma tábua com variedades de queijos, salames, jámon espanhol, frutas secas e castanhas. Além de levar sua família para conhecer o local, você pode carregar junto seu pet, pois o “Wine Garden” tem um espaço ideal para seu bichinho de estimação. O ambiente não deixa a desejar com os parques europeus quanto a beleza do local e suas características, principalmente climáticas. 

Onde: RS-444, km 21, Bento Gonçalves (Vale dos Vinhedos)  
Site: miolo.com.br/enoturismo
Telefone: 54 981.220333

Quais vinícolas conhecer no Vale dos Vinhedos? Roberta visitou essa e mais 3

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5. Vinhos de Família Lidio Carraro, vinícola Boutique 

Situada no coração do Vale dos Vinhedos, a vinícola Boutique Lidio Carraro recebe os turistas em sua própria casa às margens da rodovia RS-444, km 21, em Bento Gonçalves. No local, muito acolhedor por sinal, o turista pode degustar uma gama de vinhos e espumantes premiados, reconhecidos no Brasil e no exterior. Entre os rótulos premiados que merecem destaques estão: Lidio Carraro Dádivas Chardonnay, Agnus Merlot, Faces Rosé Pinot Noir e Dádivas Brut Blanc de Blanc. 

O diferencial do vinho da Lidio Carraro é que as uvas não passam pelo processo de barrica, preservando assim a essência, a característica original da fruta. À noite, após visitar a casa da família Lidio Carraro e conhecer um pouco mais da história da produção de seus vinhos e espumantes, fomos convidados para jantar no Cobo Wine Bar, no centro de Bento Gonçalves. O jantar foi harmonizado para saborear os vinhos oferecidos pela Lidio Carraro. No menu, foi oferecido como entrada um saboroso creme de Cabotiá, cebolinha e crocante de panceta. Para beber, um vinho Dádivas Pinot Noir 2019. Este é um vinho com características bem marcantes devido à pureza aromática, boa estrutura e equilíbrio em boca. Possui aromas de frutas do bosque, flores secas, um toque de canela e trufas. Desceu super bem. Recomendo. 

No prato principal, composto por salada de figo e parma, folhas verdes, batata broa e lascas de cordeiro em alho, o vinho que acompanhou foi um Grande Vindima Merlot 2011. Já para a sobremesa, um delicioso tiramissú, uma garrafa de Dádivas Tempranillo 2018, um vinho que apresenta aromas de notas de café tostado, amêndoas e castanhas, ou seja, combina com uma sobremesa. 

Onde: RS-444, km 21, Bento Gonçalves (Vale dos Vinhedos)
Site: lidiocarraro.com/br/enoturismo
Telefone: 54 2105.2555

O restaurante Cobo Wine Bar fica na  rua Vitório Carraro, 600.

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6. Vinhos Viapiana

A vinícola Viapiana fica situada no município de Flores da Cunha, junto à Rota dos Vinhos dos Altos Montes e ganha destaque pela produção de vinhos e espumantes diferenciados de alta qualidade. Ainda não tinha visitado essa vinícola, mas já havia ouvido falar muito bem. No espaço “wine bar” fui recepcionado pela enóloga e especialista em marketing de vinhos, Débora Viapiana, filha do proprietário Eumar Viapiana. Ela me mostrou a estrutura do Enoespaço e me contou um pouco da história da família que há mais de um século vêm trabalhando na área da vitivinicultura.

Para “abrir os trabalhos’’ iniciei a degustação com um espumante Viapiana Espumante Brut Champenoise 192 dias. Experimentei ele em frente a lareira, pois fazia 13 graus naquela tarde de maio na Serra Gaúcha. O espumante apresenta uma coloração amarelo-esverdeada e na boca, mostra-se fresco e tem um bom equilíbrio entre açúcar e acidez. Na sequência experimente o Viapiana Extra Brut Champenoise 250 dias e Viapiana Brut Rosé Champenoise 218 dias, esse último com aromas de frutas vermelhas frescas como morango e cereja com leve pedaço de pão torrado. Na boca, ele apresenta um final com uma acidez bem marcante. Para acompanhar, vale a pena pedir uma tábua com salames, variedades de queijos, jamón espanhol, azeitonas, azeite de oliva e torradas. 

Vinícolas da Serra Gaúcha: Viapiana
Degustação com tábua de queijos e salames colonais

No segundo piso do Enoespaço da vinícola, o visitante, se quiser pode almoçar no restaurante Trattoria Gazoldo que possui uma linda vista privilegiada para os campos da Viapiana. Marselan, Nebbiolo, Pinot Noir, vinho laranja, espumante tinto e espumantes com passagem em carvalho são alguns dos produtos pouco convencionais que caracterizam os produtos da vinícola sem perder a essência da tradição da família. 

Onde: Travessa Alfredo Chaves s/n, Flores da Cunha (Rota dos Vinhos dos Altos Montes)
Site: vinhosviapiana.com.br
Telefone: 54 3297.5144

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7. Cristófoli, Vinhos de Família

Esta tradicional vinícola familiar fica na Rota das Cantinas Históricas de Bento Gonçalves e tem com uma das principais atrações para esta temporada de inverno o “Edredom nos Parreirais” e almoços ao ar livre, já que estamos em momentos de pandemia e ainda precisamos manter o distanciamento social entre outras medidas de segurança.  

Atrativo turístico nas vinícolas da Serra gaúcha
Edredom nos Parreirais

O “Edredom nos Parreirais” é uma pegada legal. Nada mais é do que literalmente um edredom em meio aos vinhedos. Dependendo da ocasião, é coberto, ou não, em estilo piquenique. A experiência dura cerca de 2h e está incluído uma garrafa de vinho ou espumante – exceto linha Instinto, a cada duas pessoas. Duas tábuas com uma seleção de frios e produtos regionais: Bruschettas de tomates, pão e focaccia, azeite de oliva gaúcho, queijos regionais, culatello e salame, frutas frescas, frutas desidratadas, damascos e azeitonas, espetinho caprese, amêndoas, amendoins, castanha do Pará, castanha de caju e nozes pecãs, e geleia de uvas ou de figos.

O que levar?

Para a mulherada, nada de ir de salto alto estilo Luiz XV ok? Melhor calçar um tênis. Óculos de sol, repelente de insetos, roupas confortáveis (térmicas) são bem-vindas.

A vinícola Cristofoli também oferece aos seus visitantes degustação de vinhos em suas adegas ou no belo jardim às margens da estrada. A degustação custa entre R$35 a R$40 por pessoa e dura em média 30 minutos. Há opção de almoço e jantar harmonizados mediante agendamento.

Onde: ERS 431 km 06 – Faria Lemos, Bento Gonçalves (Rota das Cantinas Históricas)
Consultas e reservas: para todas as experiências devem ser feitas pelo vinhoscristofoli.com.br 

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8. Vinícola Aurora

Pioneira no enoturismo na Serra gaúcha desde 1967, a vinícola Aurora foi fundada em 14 de fevereiro de 1931 por 16 famílias do município de Bento Gonçalves. Hoje, a empresa conta com 1,1 mil famílias associadas espalhadas por 11 cidades do Rio Grande do Sul cultivando mais de 60 variedades de uvas, entre elas a Merlot, Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Pinot Noir entre outras. A Aurora possui três parques industriais na cidade de Bento e uma unidade de produção de suco de uva no município de Pinto Bandeira. 

Fui conhecer por dentro a Sede da Cooperativa Vinícola Aurora, localizada no centro da cidade de Bento Gonçalves. Foi uma visita guiada onde o turista acaba conhecendo todo o processo que a uva passa até virar vinho ou espumante. Depois da visita, eu e o grupo fomos direcionados pelo guia para a sala de degustação da Aurora. Um espaço moderno, todo envidraçado onde até mesmo do piso é possível ver os funcionários da produção circulando no andar de baixo. Na sala também são administrados pequenos cursos de degustação para os interessados.

Durante as provas experimentei quatro rótulos de vinhos – Chardonnay, CS Millésime, Gioia Merlot e Gioia Sur Lie, além de um espumante. Dos que mais gostei, fico com o Gioia Merlot 2018. Ele é um vinho tinto seco que apresenta uma intensa tonalidade vermelho rubi e não repuxa os lábios ao tomar, me entende? Já o aroma apresenta notas intensas de frutas vermelhas como cereja, além de caramelo, cacau, café e baunilha, provenientes do seu estágio em barricas de carvalho francês.

Onde: Rua Olavo Bilac, 500, Bento Gonçalves
Site: vinicolaaurora.com.br/br/turismo
Telefone: 54 3455.2000

Gostou das vinícolas? Se já conhecia, deixe nos comentários qual a sua preferida.

Para este roteiro, nos hospedamos em Garibaldi.

© Todos os direitos reservados. Fotos e relato 100% originais. Fotos de Luciano Nagel, Claudia Rodrigues e divulgação Lidio Carraro, Don Giovanni e Mauricio de Oliveira.

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Luciano Nagel

Jornalista, gaúcho, trabalhou nas Rádios Guaíba, Bandeirantes e CBN/Globo no Rio de Janeiro. Atuou como correspondente freelancer para O Estado de São Paulo (Estadão) em Porto Alegre. Atualmente colabora com reportagens para o Jornal Folha de São Paulo, portal de notícias UOL, Deutsche Welle, emissora internacional de jornalismo da Alemanha, e seu site Nagel na Estrada. Foi bolsista da Heinz-Kühn-Stiftung, na Alemanha, em 2009. Viveu na Inglaterra, Portugal e Alemanha. Colaborador do Territórios, Nagel é apaixonado por viagens, gastronomia e diferentes culturas. | Siga no Instagram | Twitter

2 Comments

  1. teresa katia acioli canamary Reply

    Temos muitas vinícolas no Brasil , vamos valoriza-las pois quando viajamos para o exterior , achamos um programa excelente visitar vinícolas. Também gostaria de agregar as cidades pequenas históricas, com centros antigos que ficam perto das vinicolas

  2. Roberta Martins Reply

    Quero visitar todas, só conheço a Miolo. Inclusive, fiz degustação com venda na Cave de Pedra e não consegui detalhar tão bem como foi porque estava bêbada após visitar 4 vinícolas o dia todo. Devia ter sido a primeira experiência e não a última kkkk

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