Camaquã foi a segunda parada da nossa viagem pelo Caminho Rota Farroupilha. A terra de gaúchos ilustres como Zeca Netto e Barbosa Lessa foi a residência do líder Bento Gonçalves e totalmente contra os imperialistas. Por isso leva o título de Terra Farroupilha.

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Zeca Netto foi maragato herói de outras revoluções (1893 e 1923). Barbosa Lessa foi escritor, músico e autor da canção Negrinho do Pastoreio. Um dos responsáveis por resgatar o folclore gaúcho em uma fase de quase esquecimento.

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Camaquã

Recepcionadas pelo historiador Paulo Vianna Sant’Anna, percorremos todos os pontos turísticos da cidade em uma tarde de domingo. Uma passagem de poucas horas é o suficiente para conhecer Camaquã no inverno. Se fosse verão, precisaríamos de um dia inteiro para as cascatas e histórias do Sítio Água Grande (Fundação Barbosa Lessa) e outro para curtir a Barragem do Arroio Duro, Prainha e as atrações visitadas.

A Camaquã do século XIX se dividiu em vários municípios como Cristal e Arambaré. E no interior deles se encontram estâncias e charqueadas das famílias dos heróis farroupilhas. Muitas resistem ao tempo, mas tem difícil acesso e não são abertas ao público. Uma pena, porque seriam grandes atrativos turísticos.

Igreja Matriz São João Batista
Igreja Matriz São João Batista

O que ver em Camaquã

O centro histórico tem como destaque os prédios ao redor da Praça Sylvio Luiz como o Cine Teatro Coliseu, a Intendência Municipal e a Igreja Matriz São João Batista.

Intendência Municipal de Camaquã
Intendência Municipal
Cine Teatro Coliseu
Cine Teatro Coliseu

Cine Teatro Coliseu (1914) foi reformado e tem espaço para diversas atividades culturais. No dia só estava aberto para visitas, mas vale consultar a agenda de eventos quando passar por ali.

Na rua Duque de Caxias, 190. Aberto a visitação das 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 17h30min. Informações: 3692-2008.

Jardim do Forte Zeca Netto, em Camaquã
Jardim do Forte Zeca Netto

Forte Zeca Netto (1903) foi a parte mais interessante pela boa conservação e quantidade de informação. Tombada pelo Patrimônio Cultural do Rio Grande do Sul, a antiga casa de Zeca Netto virou um complexo cultural com bibliotecas, memoriais, Acervo do Barbosa Lessa e o Museu Municipal Divino Alziro Beckel.

Na Rua Zeca Netto, 20. Aberto durante a semana das 13h30 às 17h30. Ou agendando como nosso amigo historiador

Sinaleira francesa em Camaquã
Sinaleira francesa

Este semáforo diferente, ou sinaleira como chamam no Rio Grande do Sul, é único no Brasil e um dos quatro exemplares existentes no mundo. Dizem ser uma doação do governo francês. Por estes motivos é um ponto turístico e Paulo nos levou até lá. Mas é engraçado, um farol útil para cruzamentos movimentados parar em Camaquã nos anos 50. Afinal, até hoje o cruzamento da rua Olavo de Moraes com a avenida Presidente Vargas parece tranquilo.

Barragem do Arroio Duro, em Camaquã
Barragem do Arroio Duro

Pra finalizar o passeio, uma tentativa de pôr do sol na Barragem do Arroio Duro. Chegamos tarde, mas ali é local de lazer dos moradores da região. Cercado por mata nativa, o lago artificial costuma lotar nos finais de semana mais quentes por conta das churrasqueiras, pracinha e água própria para praticar esportes aquáticos como canoagem, pesca e stand up paddle.

Aberto diariamente das 8h às 20h na Estrada de acesso à Vila Aurora.

Mais sobre a Revolução Farroupilha

Camaquã é onde ficava a charqueada de Bento Gonçalves (hoje pertence ao município de Cristal e a casa histórica é propriedade privada), inclusive seu pai é o fundador da cidade. O Capitão Joaquim Gonçalves da Silva cedeu o terreno para a construção da Capela Curada de São João Batista de Camaquã e assim começou a história do município em 1815.

Por ali circulavam os revolucionários e existe uma briga sobre o local real da casa das sete mulheres, aquela do seriado famoso. Contrariando a atração famosa em São Lourenço do Sul, os locais dizem que a fazenda de Don’Anna, uma das irmãs de Bento Gonçalves, esta em Camaquã. A propriedade fica distante do centro e não tivemos tempo de visitar e averiguar mais informações.

O museu dentro do Forte Zeca Netto tem elementos contando esta história. Paula, do Mochilinha Gaúcho, explica a parte dos lanchões (os barcos criados ali por Garibaldi) neste artigo. E se recomendarem visitar o túmulo de Caetana, mulher de Bento, digo que não vale a pena. O antigo foi demolido porque um marmoraria local quis dar um presente à cidade. Virou uma propaganda da empresa e o patrimônio histórico foi apagado sem dó.

Bonecos de pano da Revolução Farroupilha em Camaquã
Bonecos de pano da Revolução Farroupilha em Camaquã

Esta cidade é um dos destinos da Rota Farroupilha. Se prefere ter todo o conteúdo sobre este itinerário para consultar durante a viagem e ainda ter sugestão de roteiros com mapa interativo detalhado, adquira o guia Guia RS Rota Farroupilha >>

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Tome Nota: Camaquã

Como chegar a Camaquã: localizada entre a Lagoa dos Patos e o Rio Camaquã tem a BR 116 passando no meio do município. Fica exatamente na metade do caminho entre Pelotas (125 km) e Porto Alegre (127 km) e por isso desde sempre foi meu ponto de parada.

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A viagem #RotaFarroupilha é um projeto do Territórios em parceria com As Peripécias de uma FlorCafé ViagemMochilinha Gaúcha e participações especiais de Andarilhos do Mundo e da jornalista Criz Azevedo. O roteiro teve o apoio de empresas regionais como BC&M Advogados e Agropecuária Sallaberry, além do suporte do Sebrae Costa Doce e de algumas secretarias de turismo. A ideia surgiu ao saber da Rota Caminho Farroupilha, elaborada pelo Sebrae RS e oferecida como pacote turístico pela Tchê Fronteira Turismo.

Texto sobre Camaquã

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Autor Roberta Martins

Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 16 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram

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