O lugar perfeito para quem gosta de esportes radicais e bons vinhos. As paisagens desta região da Argentina são lindas e ainda abrigam a Aconcágua, a maior montanha das Américas (só perdendo para as montanhas do Himalaia). Mendoza lembra localidades do interior do Rio Grande Sul com festas nas praças (churrasco de costela no fogo de chão), ruas arborizadas e calçadas estreitas. Leia agora sobre as minhas aventuras em Mendoza.

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Mendoza

Acesso rápido: O que fazer | A cidade | Onde dormir | Tours | Quando ir | Como chegar | Por onde começar

Centro de Mendoza
Centro de Mendoza

A cidade foi construída no meio do deserto, mas nem parece, afinal todas as ruas são arborizadas. Quando plantaram as árvores, construíram um sistema de irrigação que mantêm elas com as folhas verdes e o calor mais ameno. As águas do rio Mendoza percorrem canaletas por toda a cidade molhando as raízes. Nos primeiros dias fiquei com medo de cair, enquanto Betu, minha anfitriã, ficava pulando as canaletas com a maior facilidade.

Parreiras na estrada próximo a Mendoza
Parreiras na estrada

Depois de ver montanhas e visitar vinícolas (continue a leitura para chegar nessas dicas), o melhor da cidade é passear pelo centro, comprar lembranças, comer medias lunas e sorvete de doce de leite em alguma das muitas confiterias, caminhar pelo Parque San Martin, subir o Cerro de la Gloria e, para finalizar, curtir a noite nos bares da rua Aristides Villanueva, super charmosos.

Parque San Martin, no centro de Mendoza
Parque San Martin

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Chile de Carro
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Estradas, trilhas e rafting em Mendoza

Pegando a estrada tudo muda, vem o deserto com vegetação rasteira e montanhas altíssimas com neve no topo. Nessas montanhas foi filmado 7 anos no Tibet (no inverno), na época alguns tibetanos vieram trabalhar nas filmagens e ficaram morando, se sentiram em casa dizendo que viver naquelas montanhas era como estar no Tibet sem os conflitos religiosos.

Não senti esse astral porque fui no calor de fevereiro que tem outras vantagens como aproveitar mais a natureza com atividades ao ar livre. Fiz caminhadas no Parque Aconcágua e no Cerro Cocodrilo, em Potrerillos, onde também teve rafting bem perigoso no rio Mendoza. Quase quebrei os dentes com a paulada que levei do remo quando veio uma onda violenta, mesmo assim, foi incrível enfrentar aquelas águas com o visual da Cordilheira dos Andes ao redor. O rio é marrom devido ao deserto e cheio de pedras submersas fáceis de sentir quando raspam o fundo do bote. Já no alto do cerro dá para ver de perto alguns pássaros como águias e deixar o pensamento voar longe admirando o visual.

Ruta 7 entre Mendoza e Santiago
Ruta 7 entre Mendoza e Santiago
Eu e Betu em Potrerillos
Eu e Betu em Potrerillos

Pegando a ruta 7, em direção ao Chile, as paisagens vão ficando mais lindas a cada curva. Neste caminho passamos pela região de Uspallata, estações de esqui, a Puente del Inca e o Parque Aconcágua.

Puente del Inca

É uma ponte natural criada pela força das águas, há alguns anos era um caminho para um luxuoso hotel que foi destruído quando geleiras se soltaram e foram levando tudo que encontraram pela frente. Muitos morreram e hoje a ponte só pode ser vista de longe.

Puente del Inca
Puente del Inca

A maior montanha das Américas

Voando de volta para Santiago consegui ver a enorme montanha se destacando na Cordilheira dos Andes
Voando de volta para Santiago consegui ver a enorme montanha se destacando na Cordilheira dos Andes
Aconcágua
Aconcágua

Quando vi Aconcágua já era final de tarde e poucos raios amarelos iluminavam o topo branco. As montanhas ao redor tem um colorido lindo, sem vegetação e nem neve. E tem algumas lagoas que refletem as montanhas – Laguna Orcones e Espejo. Cheguei a três mil metros de altitude e fui pega pelo mal de altura! Ou seja, não curte o lugar como gostaria porque foi muito rápido subir quase 2 mil metros de altura no carro. Deveria ter parado mais vezes nas estradas para me ambientar melhor antes de chegar.

A amiga Clarissa passou uma virada de ano no acampamento base e relatou sua aventura por aqui. Leandro também foi no ano seguinte e mandou uma Foto da Semana.

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Degustação e visitar vinícolas

Bodega Salentein tem ótima estrutura para receber turistas com pousada, museu, restaurante, curso de degustação e visitas guiadas. Fica ao lado do Cordón Del Plata (montanhas nevadas) e tem vinhos maravilhosos. No caminho encontrei parreirais, o que é raro, os vinhedos são plantados de forma diferente para facilitar a colheita com máquinas. Acho parreiras bem mais bonitas.

Bodega Salentein
Barris da Bodega Salentein, em Mendoza
Degustação na Salentein
Degustação na Salentein

Se precisar alugar um carro em Mendoza, verifique o site da Rental Cars, mas a melhor opção para visitar as vinícolas é ter um motorista que não beba. Há excursões, ônibus hop-on hop-off e tours privativos se precisar de um.

Cordón de Plata
Cordón de Plata

Tours

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Parrilla en el patio
Parrilla en el patio

Por fim, nada como ter amigos locais, sempre os melhores guias. Fui muito bem recebida pela Betu e suas amigas. Conheci a cidade com aulas de história e cultura do vinho. Pegamos a estrada em direção às montanhas e sempre que eu via algo legal ela parava o carro para eu fotografar. E como se come bem na Argentina (chinchulines, molleja, morcilla, asado de tira, mmm), não fui em nenhum restaurante porque tinha uma parrilla no quintal. Carne, bom vinho e ótima companhia, perfeito!

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Tome Nota Mendoza

Dormir na vinícola: A região que pareceu mais interessante para se hospedar em vinícola é o Valle de Uco com o visual do Cordón del Plata atrás dos vinhedos. Minha amiga recomenda a Posada Salentein.

Hospedagem em Potrerillos: dormi na Pousada Ser_O, bem rústica e com uma galera muito legal. Tem lugar para fazer parrilla e cozinha comunitária, e eles mesmos organizam e guia para fazer o rafting.

Qual a melhor época para viajar para Mendoza?

A experiência que acabou de ler foi no verão, quando as altas temperaturas podem ser desagradáveis, por outro lado, há um série de possibilidades de atividades ao ar livre e a oportunidade de presenciar a colheita da uva ou os cenários com as parreiras carregadas. Em fevereiro começa a colheita das uvas-brancas que se estende até março com as uvas tintas. No primeiro sábado de março, ocorre a Festa da Vindima. Mas visitar as vinícolas vale o ano todo, no inverno tem estações de esqui, na primavera ou outono as temperaturas amenas combinam com a maioria das atividades oferecidas sem acúmulo de turistas.

Como chegar

Como a Argentina faz fronteira com o Brasil, é possível ir de carro ou ônibus via Puerto Iguazú, ou Paso de Los Libres. O texto com dicas para viajar de carro para o Chile tem informações sobre as estradas e regras de trânsito na Argentina. O jeito mais rápido é o avião, os voos partindo do Brasil, geralmente, tem escala em Santiago ou Buenos Aires. Pesquise o aéreo aqui.

+ Cidades na Argentina:

Dança típica na frente do Centro Cívico

+ Bariloche

+ Buenos Aires
+ Córdoba
+ El Calafate
+ Rosario
+ Ushuaia

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Por onde começar a planejar a viagem

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A seguir deixo mais links sobre essa mesma região ou experiência.

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Você está em INICIAL » ARGENTINA » MENDOZA » Mendoza para intercalar vinho com aventura
Autor Roberta Martins

Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 16 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram

6 Comments

  1. Ariberto Lorenz Reply

    Olá Roberta
    Vamos fazer na segunda quinzena de Setembro, uma viagem de carro de Novo Hamburgo- RS até Mendoza.
    Precisamos de dicas e orientações.
    Agradecemos muito
    Ariberto.

    • Roberta Martins Reply

      Oi Ariberto, certeza que será uma viagem linda.

      Se for pelo Uruguai, tenho um guia novinho cheia de dicas https://territorios.com.br/guia-essencial-uruguai-de-carro/. As exigências são maiores para dirigir na Argentina, sugiro confirmar com quem fez viagem de carro há pouco tempo.

      Circulei por Mendonza no carro de amigos argentinos em 2009 e as dicas que tenho estão em aqui no site. Hoje deve ter mais opções, mas o que eu fiz ainda existe e vale a pena.

  2. Gostaria de dar meu depoimento sobre o guia DAMIAN – damian.almeida86@hotmail.com – que nos acompanhou em Mendoza. Fizemos as visitações nas vinícolas (fomos para 8: Achaval Ferrer, Catena Zapata, Chandon, La Azul, Salentein, Andeluna, Ruca Malen e Viña Cobos) e no passeio Alta Montanha. Fomos eu, meu marido e um casal de amigos, também de Brasília, e fomos muito bem atendidos por ele. Além da pontualidade,DAMIAN é muito prestativo, agradável, educado, excelente motorista e conhece muito bem toda a região e os vinhos! Além disso, fez todas as reservas com antecedência, tornando nossa viagem muito mais confortável. Uma excelente indicação do site e de outros amigos que já o conheciam.

    • Olá Lina, obrigada pela sua dica. Quando viajei foi com locais, por isso não contratei guias. Espero que outros leitores tenham a mesma boa impressão que você teve.

  3. Carol Costa Reply

    Que excelente matéria! Parabéns! Me fez recordar a minha viagem a Mendoza. Eu estou tentando aprender sobre vinhos e lá tive uma experiência inesquecível. Quando fui eu já tinha algumas vinícolas em mente..Catena, Pulenta…enfim, as mais conhecidas, mas por indicação da agencia de turismo também conheci algumas vinícolas que ainda não exportam vinhos para Brasil e amei. Como sou estudante de sommelier pedi para a agencia agendar visitas mais técnicas e pude desfrutar de experiências mais intensas com degustações em mãos de enólogos e dos donos das vinícolas. Como era a primeira vez, eu não preferi arriscar e fui nas bodegas com uma agencia de turismo especializada.
    Boa viagem a todos! Carol

  4. Olá Roberta

    Estamos planejando o nossa viagem pela América do Sul e no Blog estamos postando uma série sobre os preparativos e… finalmente publicamos o planejamento para quando estivermos passando pela Argentina. Aproveitamos essa sua dica de Mendoza 🙂

    http://vidadeviajante.com.br/planejando-uma-viagem-para-a-argentina-dicas-para-o-roteiro/

    Claro que o roteiro não está fechado e, cada vez que leio um relato novo sobre a Argentina temos vontade de mudar o roteiro… vc sabe como são essas coisas 😉 hahaha

    Tenho lido outros relatos seus e tenho gostado bastante… só temos que tomar cuidado pra não estrapolar na aventura pq temos um viajante de 3 anos que vai conosco 😉

    bjos
    Lyanne, Marcelo e Gael

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