Na segunda maior cidade da Argentina, a arquitetura jesuítica e colonial convive em harmonia com os espaços urbanos e atuais. Conheça Córdoba.
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Córdoba
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Localizada no coração do território argentino, com cerca de 1,3 milhão de habitantes, é mais conhecida por seu perfil acadêmico e pela beleza natural das serras que a cercam. Contudo, Córdoba tem muito mais a oferecer e surpreende o visitante com sua arquitetura, que é um verdadeiro patrimônio nacional, e pela preocupação em resguardar a própria história.
O que ver em Córdoba
Com uma forte herança jesuítica, ordem que chegou à área por volta de 1589 e que deixou marcas importantes nas edificações cordobesas, como a Manzana Jesuítica – que reúne a Iglesia de La Compañía de Jesus (a mais antiga da Argentina), Capilla Doméstica, Colégio Nacional de Monserrat e a antiga sede da Universidade Nacional de Córdoba – e a Catedral, o contraste entre o passado e o presente é constante na cidade e prédios do final do século XVI convivem de forma harmoniosa com outros mais modernos. A ocupação de sobrados em estilo colonial, transformados em lojas e cafés, demonstra na prática a possibilidade de preservar a memória e manter uma personalidade única sem deixar de estar atualizado com o que há de mais moderno nas técnicas construtivas. A criação do espaço cultural, gastronômico e de lazer Paseo Buen Pastor, no bairro Nueva Córdoba, é um exemplo dessa sintonia.
Inaugurado em 2007, o local funcionou como um asilo de mesmo nome e uma prisão de mulheres. Da construção original foram mantidas a capela, seus afrescos e o formato em cruz grega que, hoje em dia, é utilizada para apresentações musicais e teatrais e a fachada original voltada para a Avenida Hipólito Irigoyen, que foi revitalizada. Devido às condições dos muros e demais edifícios, foi optado pelo governo da Província de Córdoba demolir o que existia, abrindo o complexo para mais ruas e permitindo visualizar a impressionante Iglesia Del Sagrado Corazón, da ordem dos Capuchinhos, desenhada em estilo neogótico pelo artista e engenheiro italiano Augusto Ferrari. A igreja possui duas torres, porém apenas uma delas está acabada, simbolizando a perfeição de Deus ante a imperfeição humana. A arte revela-se em cada uma das esculturas e detalhes ornamentais que formam o seu exterior e interior.
O projeto do Paseo, que tem mais de 10 mil m² de área e cerca de 3 mil m² de área construída, foi conduzido pelo arquiteto Héctor Spinsanti e abriga, atualmente, restaurantes, bares, lojas de produtos locais e espaços para mostras e exposições de arte, distribuídos em uma edificação contemporânea com destaque para o uso de vidro e estruturas metálicas, uma interferência urbana que não “briga” com a parte conservada. No fim de tarde e à noite, as escadarias e bancos do complexo são tomados por jovens e famílias, que aproveitam o lugar para a convivência. É à noite também que acontece o show das águas dançantes. Por volta das 20h, uma música instrumental acompanha o jogo de luzes e da água do chafariz em uma coreografia que encanta até mesmo os moradores, que param para ver o rápido espetáculo.
Na mesma linha de preservação arquitetônica está o Museu Emilio Caraffa. O prédio também une uma edificação de características neoclássicas a uma mais contemporânea. Outros destaques da cidade são suas inúmeras igrejas, com diferentes estilos que impressionam pela riqueza das pinturas, do teto ao chão, e seus museus, como o Palácio Ferreyra e o da Memória, prisão clandestina da época da ditadura, onde os suspeitos eram torturados. Um triste retrato de um dos tempos mais duros vividos pelos argentinos. A antiga casa conta a breve trajetória de pessoas que continuam desaparecidas até hoje através de depoimento de familiares e amigos e de seus objetos.
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Tome Nota
Endereços:
Le Grand Hostel: Buenos Aires 547, Nueva Córdoba.
Museu Da Memória: Pasaje Santa Catalina, Centro.
Manzana Jesuítica: Calle Obispo Trejo.
Museu Emilio Caraffa: Avenida Poeta Lugones, 411.
Paseo Buen Pastor: Avenida Hipólito Irigoyen, 326, Nueva Córdoba.
Museu Palácio Ferreyra (Museu Superior de Bellas Artes Evita): Hipólito Yrigoyen, 511.
Dica especial: Se for visitar os museus Emilio Caraffa e o Palácio Ferreyra pergunte pelo passe. Permite visitar os dois locais pagando um preço menor.
O argentino Agustin também já escreveu sobre a cidade por outro ponto de vista.
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