Acesso rápido: Como cancelar ou adiar | Onde encontrar informações oficiais | Meu processo de decisão | Riscos de viajar | Resumo dos acontecimentos | Perguntas e respostas
Manter, adiar ou cancelar a viagem para a Austrália?
Viajo com frequência a trabalho e muitas já foram canceladas por eventos climáticos ou corte de verbas, porém, a escolha nunca foi minha, apenas acatava. Agora a tristeza é imensa por ser uma viagem que deveria ser férias com a família, reunindo membros que não se veem há 3 anos por morarem do outro lado do mundo. Até semana passada estava decidido manter a viagem porque todo o hemisfério sul não é epicentro nem havia restrições impostas. Mesmo assim, optei por avaliar até o último minuto pensando nos riscos mencionados no decorrer do texto.
Então veio o anúncio oficial de pandemia, e nessas situações o seguro viagem considera risco excluído limitando a cobertura ao primeiro atendimento, ou seja, ter de arcar com despesas médicas pode deixar a viagem muito mais cara. Nos dias seguintes aumentaram as notícias de fronteiras fechadas, mais eventos cancelados, quarentena obrigatória sem importar a origem ou sintomas e o epicentro do coronavírus mudou da Ásia para a Itália, além dos casos aumentarem exponencialmente no Brasil. Pronto, a decisão de não viajar em abril foi tomada, mas solicitar o cancelamento implicaria em custo de cerca de 400 dólares por pessoa porque nem a Austrália ou a África do Sul (nossa escala) ainda não são considerados locais de risco. Melhor esperar mais um pouco, pensei.
Em menos de 24 horas veio a notícia de quarentena obrigatória para qualquer um chegando a Austrália e anúncio do Ministério Público recomendando isenção de taxas pelos fornecedores de turismo para os locais afetados. Feito, abri o processo de adiamento, porque isso vai passar e cancelar a viagem prejudica ainda mais o setor de turismo que ainda vai continuar proporcionando momentos incríveis no futuro próximo.
Riscos de viajar pelo Brasil e mundo
Tirando os países com restrições impostas pelos governos, viajar ou não viajar é uma decisão totalmente pessoal e os riscos devem ser avaliados:
- O impacto na economia pode ser muito mais devastador se as pessoas pararem de viajar e socializar por medo.
- Posso ficar em quarentena e não conseguir voltar para casa se surgir surto por onde eu passar ou onde moro (isso implica em despesas).
- Provavelmente vou ficar bem, porém, posso estar ajudando a espalhar o vírus sem saber (importante para quem vive ou passa por áreas de risco).
- Corro o risco de ficar doente (preocupação mínima para mim, mas vital para idosos como os meus pais, quem tem imunidade baixa ou problemas respiratórios).
- Estão surgindo ótimas promoções para viajar e a natureza sempre pode ser um refúgio quando não ha aglomeração de turistas, já as cidades maiores estão fechando atrativos turísticos e proibindo aglomerações de pessoas.
Na minha opinião, todos os planos de viagens devem continuar em pé, apenas os que precisam passar por junção de pessoas (aeroportos, rodoviárias…) devem ter as datas prorrogadas para quando a situação melhorar. Dá para esperar e ver como a pandemia evolui nas próximas semanas. Não deixe de consultar os sites do governo aonde deseja visitar, do local da escala, se houver, e verificar as restrições impostas aqui no Brasil.
Quem ainda não fez reservas ou comprou passagens e quer aproveitar as promoções, tenha certeza de adquirir produtos e serviços com cancelamento grátis (passagem, hotel, aluguel de carro…). Então acompanhe as notícias para decidir se vale o risco.
Para viagens no Brasil, sugiro atividades na natureza e com transporte arejado perto de casa ou possível em uma viagem de carro. Amigos que viajaram de avião na última semana relatam arrependimento por encontrar atrações fechadas e receio de cruzar com infectados em locais onde há aglomeração de pessoas.
Coronavírus: resumo dos acontecimentos
Em dezembro de 2019 um vírus começou em Wuhan, na China, e se alastrou rapidamente pelo país causando complicações respiratórias sérias. O novo coronavírus é uma gripe nomeada COVID-19.
Em fevereiro novos países foram atingidos e tem virado surto conforme a resposta rápido, ou não, de cada governo em lidar com a situação.
Em março chegou a América do Sul e as notícias mudam todos os dias:
09/03/2020 – a Itália fechou as fronteiras até o dia 3 de abril e pede para as pessoas ficaram em casa. Portanto, as viagens para a Itália devem ser canceladas ou adiadas até que o surto seja contido.
11/03/2020 – a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou Pandemia oficialmente e isso aumenta o alerta, embora não haja recomendação de cancelar viagens.
12/03/2020 – Vários países estão banindo voos de e para Europa.
15/03/2020 – Argentina e Equador foram os primeiros países sul-americanos a anunciar que fecharão as fronteiras, por pelo menos 15 a 21 dias, para não residentes a partir dessa semana. O vídeo explica o maior problema do coronavírus no Brasil.
16/03/2020 – Peru, Chile e Colômbia fecharam as fronteiras para não residentes. Todos os países da Europa e espaço Schengen fizeram o mesmo que a Itália.
Até a publicação desse texto, o governo do Brasil não estava impedindo a entrada de ninguém proveniente de qualquer país, apenas está reforçando o controle sanitário e vai tomar precauções se suspeitar a doença. Para informações mais atuais leia o texto sobre as fronteiras.
Como adiar ou cancelar a viagem?
Primeiro, é preciso ter paciência porque nunca teve tanta gente querendo alterar roteiros e as empresas não estão dando conta de atender todo mundo. Estão priorizando as datas de partida mais próximas e flexibilizando suas políticas para remarcar ou cancelar a viagem quando há casos de contágio local confirmado. Se o seu destino não se enquadra, espere mais um pouco ou pague a multa (minha opinião). O menos difícil é tentar uma negociação com os fornecedores para adiar ou mudar o destino, mas não há garantias de reembolso total para países não críticos, por enquanto. Envio de e-mails tem sido o mais efetivo para ter respostas, já que contato por chat ou telefone tem estado ocupado.
Ouça a entrevista feita pelo jornalista Luciano Nagel com o advogado especialista em direito do consumidor Dr. Guilherme Becker.
Recomendações oficiais
Segundo o Ministério Público, a cobrança de taxas e multas, em situações de emergência mundial em saúde, é prática abusiva e proibida pelo Código de Defesa do Consumidor. Frente ao surto, houve uma recomendação pública que deve atender clientes de empresas brasileiras que adquiriram produtos até o início de março para viajar no primeiro semestre.
Conforme o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), o consumidor deve buscar negociar com a companhia aérea ou agência de viagem o mais cedo possível e buscar uma negociação. Caso a sua demanda não seja atendida, deve procurar o Procon.
Para o Procon, o consumidor não é obrigado a expor sua saúde a riscos viajando para destinos onde poderá contrair o coronavírus, podendo optar por alternativas como postergar a viagem; ir para outro destino de mesmo valor; ou obter a reembolso do valor já pago. O Procon de São Paulo disponibiliza área para o registro de reclamações de problemas relacionados ao coronavírus.
Além de turista, trabalho com turismo e tenho visto a angústia do mercado. A situação foi compreendida e a maioria está se esforçando muito para amenizar as frustrações. Inclusive, a Abav – Associação Brasileira de Agências de Viagens e a empresa de marketing @Vertebratta criaram a campanha Adia! Uma ação de apoio à sustentabilidade econômica de todos os setores da economia que dependem do adiamento.
Pensando no turismo, ao adiar sua programação para o futuro o consumidor garante sua segurança e ainda colabora com este setor, que tem grande peso na economia nacional e mundial, englobando atividades como restaurantes, hospedagens e similares, transportes de passageiros, agências de viagens, cultura e lazer. Afinal, se todo mundo cancelar, as empresas vão quebrar e viajar será bem caro como era antigamente.
O seguro cobre coronavírus e cancelar a viagem?
Antes da pandemia, o único seguro que cobria cancelamento prévio tinha a opção cancelar sem motivo e eram raras as seguradoras brasileiras oferecendo essa opção pelo alto custo. Hoje mudou e muitas incluíram na cobertura, mas é preciso ler o que está incluso com atenção antes de contratar. Nossas parcerias Next e Seguros Promo têm boas opções para todos os bolsos.
De qualquer forma, se o viajante sente-se mal durante a viagem, ele terá as primeiras ações para estabilização ou medicação. Após a identificação da enfermidade, os custos de uma possível internação e os procedimentos relacionados ao tratamento do coronavírus não são custeados por ser considerado pandemia. Ou seja, o viajante deverá arcar com as despesas se o vírus for confirmado e o seu seguro não tiver cobertura para Covid-19, isso em países onde não existe saúde pública como nos Estados Unidos é um gasto extra enorme.
Onde informações oficiais estão sendo atualizadas:
- Ministério da Saúde do Brasil:
https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus - WHO – Organização Mundial de Saúde avisos de proteção (inglês): https://www.who.int/…/novel…/advice-for-public
- UNWTO – Organização Mundial do Turismo:
https://www.unwto.org/
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