O lugar mais bonito de Cambará do Sul, na minha opinião, poderia facilmente ser cenário de filme de aventura e fantasia ao estilo Senhor dos Anéis. A planície reta é cortada abruptamente formando penhascos que desembocam em um cânion de mais de mil metros de profundidade. Entre cachoeiras e tons de verde, pedras enormes parecem muralhas escondendo castelos e portais de um tempo distante. E assim é passear pelas bordas do Cânion Fortaleza, nos deixamos levar por caminhos repletos de surpresas que fazem a imaginação ir além…
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Cânion Fortaleza
Atualizado em 2021
Ao descer do carro visualizamos campos planos e trilhas de terra que levam para passeios panorâmicos. Alguns minutos percorridos e logo encontramos o imenso buraco que transforma a paisagem densa mesclando com os tons do céu até sumir no infinito.
O vento aumenta perto da borda e dá uma certa vertigem olhar para baixo, ao mesmo tempo que traz uma sensação maravilhosa de estar num lugar especial que convida a relaxar e contemplar.
Mas o nosso roteiro é aventura, nada de ficar parado vendo a vida passar. Enfrentamos o forte sol de dezembro percorrendo três trilhas e tirando as mais lindas fotos do Adventure Bloggers.
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3 trilhas no cânion Fortaleza
Trilha do Mirante tem como objetivo chegar ao topo (1.167 metros de altura) e visualizar toda a orla marítima, a planície costeira do extremo sul catarinense e a praia de Torres, no Rio Grande do Sul. As nuvens nos alcançaram nesse momento, o azul do céu se misturou na neblina escondendo o mar e a terra lá em baixo. A caminhada vale a pena, mas com visibilidade tudo fica mais bonito, ainda bem que não foi minha primeira vez aqui e já peguei um dia perfeito no inverno. Tem dificuldade baixa e revela outra surpresa: uma queda d’agua com um arco íris permanente, pelo menos ele estava lá sempre que passei por aqui e quando vejo fotos de amigos.
A Trilha do Tigre Preto nos leva para a cascata de mesmo nome, são quatro quedas somando quase 1000 metros de altura. A melhor sensação é passar por cima da cachoeira, pulando de pedra em pedra, apreciando um visual incrível. Essa tem dificuldade moderada pela travessia na água, entretanto o mais complicado foi o calor.
Trilha da Pedra do Segredo é a continuação da trilha do Tigre Preto. No final encontramos um bloco monolítico de cinco metros de altura apoiado numa pequena base de 50 centímetros, parecendo que vai despencar a qualquer momento. Infelizmente não é mais permitido chegar a base da pedra, pois alguns engraçadinhos já tentaram fazer ela cair. Também de dificuldade leve.
Outras trilhas: dentro desse cânion existe uma aventura ainda mais difícil que a Trilha do Rio do Boi. Infelizmente faltou tempo no nosso roteiro de visitar o município de Jacinto Machada (SC), onde o Fortaleza se abre.
Tome Nota
Quando ir: o tempo é imprevisível podendo mudar completamente a impressão do visitante, é recomendável visitar em diferentes épocas do ano para ter uma experiência completa. No inverno a visibilidade é melhor, no verão as cachoeiras são mais bonitas e, tanto no outono quanto na primavera, as temperaturas são mais amenas e o verde mais exuberante.
O Parque Nacional da Serra Geral abrange os municípios de Jacinto Machado, Praia Grande (SC) e Cambará do Sul (RS). A parte citado nesse texto apresenta infraestrutura precária e uma recepção bem simples. Falta sinalização e informação aos visitantes. Não que eu queira transformar o lugar numa mega atração, mas acho importante conscientizar as pessoas a apreciar sem degradar, principalmente em função do acesso ter sido asfaltado recentemente. Não tem bares ou quiosques, leve principalmente água e traga todo o lixo de volta.
Quanto custa: o preço promocional está R$ 35 por pessoa por dia, ou R$ 55 por dois dias, para acessar os dois cânions: Fortaleza e Itaimbezinho. A tarifa valerá para os três primeiros meses. A partir de 1º de dezembro de 2021, as tarifas passam para R$ 50 e R$ 80 respectivamente.
O guia não é obrigatório, mas as histórias ficam mais interessantes com quem conhece bem o lugar. Guilherme do Rota dos Canyons foi o nosso guia.
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3 Comments
Oi Karine
A melhor época para ter boa visibilidade é no inverno, eu sempre peguei dias bons nas duas vezes que visitei e em julho deu até para ver o mar lá em baixo. Mas quando fui em dezembro foi sorte, pois os dias anteriores foram nublados.
Fui em novembro para Cambará do Sul, fiz a caminhada de 40 minutos pra chegar lá e não ver nada 🙁
O tempo tava bem fechado, não tinha visibilidade nenhuma ( fez 13 graus no dia que eu fui, achei bem frio pra época)
Mas o trajeto foi bacana, acabei superando meus próprios limites e isso é sempre bom! Quero voltar numa outra época e pegar o tempo melhor.
Beijos,
Karine
Opaaa…bateu saudade destes momentos nesta região belíssima :))
Grande abraço