Ir a Pelotas e não comer os tradicionais doces é o mesmo que visitar o Rio de Janeiro e não subir ao Cristo Redentor. O município de Pelotas, localizado no extremo sul do Estado gaúcho, é rico em história. É tanta história, que até os doces, por traz de cada receita, tem algo a contar. Estive recentemente visitando a cidade pela segunda vez nestes meus 40 anos de vida. Te confesso que a segunda vez foi melhor, porque além de experimentar quase todas as variedades de doces finos e tradicionais na confeitarias, de quebra, ainda conheci as charqueadas, o centro histórico, a praia do Laranjal além de fazer novas amizades.

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Por trás de todo doce há uma história e muitas confeitarias
Por Luciano Nagel ℹ︎
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Acesso rápido: Relato | História | Onde comer |
Bom… mas não querendo desviar do tema, vamos falar dos doces. Entre uma mordida e outra no famoso quindim, a empresária Maria Helena Lubke Jeske, da confeitaria Imperatriz Doces Finos me explicava a origem deste doce, que tem como ingredientes gema de ovo, açúcar e coco ralado.
“As receitas são vindas de Portugal mas também tem influência africana. Na época das charqueadas, quem produzia o quindim e ralava o coco eram as mulheres escravas vindas da África”, disse.
E o camafeu? Para quem não conhece, vou apresentá-lo:
O Camafeu é composto de pasta de nozes e glacê. Delicioso doce inspirado em pedras entalhadas ou esculpidas, em formato de uma joia, muito usado na decoração por nobres franceses durante os séculos XV e XIX. Está bom ou quer mais?
Depois de experimentar o saboroso Camafeu, fui à casa da confeiteira Ana Beatriz Menna Barreto. Quem me recomendou foi a Roberta, aqui do site. Conhecida por fazer os famosos pastéis de Santa Clara (somente sob encomenda), Ana contou a história desse delicado doce, feito com ovos moles e uma massa extremamente fininha.
“Este doce é de origem portuguesa. A receita surgiu no interior de um convento denominado Santa Clara. É daí que vem o nome pastel de Santa Clara. Naquela época, as freiras engomavam os tecidos com as claras dos ovos e na ocasião a gema então era aproveitada”, explicou a doceira.

Viu? Por traz de todo o doce, sempre tem uma história. Até o mais popular, aquele que chamamos de Brigadeiro ou Negrinho. Sim, aqui no Rio Grande do Sul é chamado de Negrinho, e fim de papo. Quem me contou o passado dele foi um personagem que pode ser encontrado nas imediações do Mercado Público chamado Mr. Negrinho.
“Logo após a abolição da escravatura, os escravos para sobreviver produziam e vendiam doces. Estes doces eram vendidos pelos filhos das escravas, que eram negrinhos. Dá-se aí o nome da famosa bolinha de leite condensado e chocolate em pó”.
As histórias dos doces de Pelotas
Quem circula pelo centro de Pelotas, se depara facilmente com várias com várias confeitarias/docerias, que podem elevar seu nível de glicose dos parâmetros normais (abaixo dos 100mg/dl) até os níveis mais alto de glicemia, como esta bomba calórica – pedaço de torta + cappuccino, que recomendo quem curte comer bem sem sentir culpa na consciência.

Doceiras e confeitarias, saiba onde comer e sair satisfeito
Doceria Márcia Aquino oferece doces e tortas em novo endereço: Av. Adolfo Fetter, 2816 – loja 3.
Doçaria Monalu traz os doces tradicionais em tamanho reduzido. Na Almirante Barroso, 2510.
Imperatriz Doces Finos é pra provar os doces e tomar um café sentado dentro do Mercado Público, localizado na Praça Sete de Julho, 179.
Rua dos Doces é onde algumas doceiras expõem seus produtos em barracas de rua. Doces para levar na Travessa Ismael Soares, centro.
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