CULTURAL

Yogyakarta: experiências únicas no centro da Ilha de Java


Se os dias em Bandung foram de aventura, o destino seguinte foi regido pela contemplação. Pelo menos no meu roteiro, porque Yogyakarta tem atrações tão diversas quanto únicas como acontece em qualquer metrópole. Com destaques para arte tradicional, realeza javanesa e patrimônio arquitetônico milenar.

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Enquanto pesquisava, a vontade de ficar uma semana ou mais em Yogyakarta só aumentava. O local que dizem ser a alma da Ilha de Java, tem praias, trilhas em cavernas e vulcões, bairros curiosos e museus que ficaram de fora do itinerário Trip of Wonders. Logo, a certeza é que dois dias não são suficientes, mas foram muito bem aproveitados como mostro a seguir.

Yogyakarta, o que fazer no centro da ilha mais populosa do mundo

Java é a ilha mais povoada do planeta com cerca de 141 milhões de habitantes e, embora tenha trânsito caótico e muita gente nas ruas, Yogyakarta abriga apenas 3 milhões de todo este povo. Mas este número aumenta significativamente com os turistas em busca do templo mais visitado do país – Borododur.

Yogyakarta é ponto de partida para os sítios arqueológicos mais importantes da Indonésia: BorobodurPrambanan. Além das experiências já mencionadas nos textos sobre cultura e nos dois links acima, mostro agora as mais inusitadas vividas por lá:

O ponto para ver o pôr do sol mais lindo em Yogyakarta quando não está nublado
O ponto para ver o pôr do sol mais lindo em Yogyakarta quando não está nublado
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1. Ver a cidade do alto das ruínas de um Palácio Real Javanês

Ratu Boko é considerado o melhor lugar para ver o pôr do sol em Yogyakarta. Especialmente porque se exibe entre as ruínas de um palácio antigo localizado no topo de uma montanha. Infelizmente, nublou no dia da visita, mas ter chegado cedo para explorar cada cantinho de mais um Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, valeu o passeio. Um lugar silencioso, cheio de mistérios e curiosidades como uma área enorme de piscinas reservada somente para o lazer das princesas. Perfeito pra relaxar, pensar na vida ou imaginar o que todos aqueles portais e escadarias vivenciaram por séculos.

Onde: Jl. Raya Jogja-Solo, perto do templo Prambanan. Abre das 6h às 17h diariamente e cobra entrada conforme explica o site. Tem restaurante e lojas de souvenir.

Dica de restaurante: antes de chegar ao palácio almoçamos praticamente no meio da selva em um restaurante rústico chamado Kali Opak. O ônibus nos deixou em uma avenida e dali caminhamos por uma rua de terra até a entrada. As mesas ficam em diferentes andares e ficamos nas margens de um penhasco. A comida é típica e saborosa, principalmente os frutos do mar. Foi servida por pessoas que mostravam quando tinha pimenta e isto é essencial em um país onde o excesso de pimenta é insuportável. Kali Opak Restaurante abre o dia todo na Jl. Prambanan RT. 07 RW. 31 Desa, Bokoharjo, Sleman.

Kalicode é geometricamente colorido
Kalicode é geometricamente colorido

2. Encontrar um bairro colorido

Quem passa pela ponte do rio Kali Code deve obrigatoriamente olhar para baixo. Vai encontrar um bairro cheio de casas geometricamente coloridas. O nome é o mesmo do rio na sua margem e existe um motivo politico para serem assim, mas vou ficar devendo os detalhes. Como estava sozinha, achei prudente registrar apenas da ponte. Meus amigos foram mais cedo em grupo e tiraram fotos lindas dos moradores de poucas palavras e muitos sorrisos.

Onde: Jl. Jand. Surdiman quando passa na ponte do rio Kali Code.

Gadri Resto, o restaurante na casa do príncipe (copyright Andras Jokuti)
Gadri Resto, o restaurante na casa do príncipe (copyright Andras Jokuti)

3. Jantar na casa de um príncipe javanês

Sim, isto é possível acompanhado por uma aula da história recente da monarquia no país enquanto caminha pelas dependências da casa. A simpática guia é parente do príncipe Joyohadikusumo, ainda vivo e morador ocasional, e vai contando sobre gostos e vida da realeza nos dias de hoje. Mostra sua posição na árvore genealógica da família e termina abrindo a sala onde importantes decisões foram tomadas para transformar a Indonésia na atual República.

Árvore genealógica
Árvore genealógica

Gadri Resto é o nome do restaurante aberto somente para grupos previamente agendados. E a reserva pode mudar se o príncipe decidir aparecer. A experiência é interessante, mas a comida é péssima por ser o que a realeza e o povo da Ilha de Java mais gostam. Ou seja, pimenta tão excessiva em tudo que eu só consegui comer o pão. E não é frescura minha porque somente os indonésios ficaram satisfeitos.

Onde: Jalan Rotowijayan No. 5, Kraton. Reserve Gadri Resto pelo fone + 62 274 373520.

Detalhe nas portas de Kota Gede
Detalhe nas portas de Kota Gede

4. Se perder no bairro Kota Gede

A cidade velha de Yogyakarta é repleta de detalhes só encontrados pelos olhares atentos que permitem se perder por becos e vielas de Kota Gede. Afinal, a movimentada avenida Mondorakan ofusca a atenção com comércio variado e trânsito intenso. Entrando a direita ou esquerda, com cuidado para não ser atropelado por uma moto, vai entrar no clima e tirar muitas fotos. Ali diferentes religiões convivem em harmonia e exibem suas crenças na arquitetura de suas moradias. Por exemplo, nas casas hindus tem a flor de lótus, nas muçulmanas a caligrafia típica e nas cristãs tem a cruz.

Onde: pelos becos e vielas que cruzam a rua Jl. Mondorakan.

Dicas: almoce em buffet com comidas típicas porém não apimentadas do restaurante Sekar Kedaton. Fica dentro de um complexo com cafés, lojas e estacionamento na Jl. Tegal Gendu No.28.

Kota Gede também é lugar para comprar prata. Levei algumas peças verdadeiras da Ansor’s Silver localizada ao lado do restaurante. Durante a caminhada encontrei várias lojas de prata.

Curtindo a piscina do The Phoenix Hotel
Curtindo a piscina do The Phoenix Hotel

5. Se hospedar em hotel século 19

The Phoenix Hotel existe desde a época que Indonésia era colonizada por europeus. Por isso, as duas culturas se mesclam criando um ambiente único e cheio de estilo conforme detalhei no artigo sobre a minha hospedagem em Yogyakarta.

Onde: Jalan Jend. Sudirman No.9, Jetis.

Tuk Tuk é o transporte mais barato em Yogyakarta
Tuk Tuk é o transporte mais barato em Yogyakarta

6. Caminhar ou pegar tuk tuk nos arredores da Jalan Jend

A rua onde me hospedei rendeu uma boa caminhada sozinha para observar a rotina da cidade. O único receio foi atravessar as ruas movimentas. Felizmente, durou poucos minutos porque sempre aparecia um local para me ajudar. Surgia do nada parando os carros ou dizendo para ir ao lado dele, depois sorria e dava adeus. Vários hotéis, motos, comida de rua e tuk tuks ocupam a barulhenta rua Jalan Jend.

Dobrando à direita, encontrei uma feira de rua, churrasquinho brasileiro e um obelisco. As mulheres sentam no chão em volta das bandejas de palha com variedade em alimentos. Atrás delas ficam as lojas do que parecia ser um mercado de peixe, não me detive porque já estavam limpando. Mas certamente estas ruas renderiam horas de fotografias.

7. As fotos de Yogyakarta

Enfim, achei melhor deixar um espaço galeria pra ilustrar todo o mencionado acima no clima de Yogyakarta, tudo junto misturado.

Viela em Kota Gede
Viela em Kota Gede
Vendedora na feira de rua
Vendedora na feira de rua

*Trip of Wonders foi o roteiro organizado pelo Ministério do Turismo da Indonésia para influenciadores digitais promoverem o destino em seus países e Territórios foi um dos convidados.

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Roberta Martins

Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 16 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram

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