Quem já visitou um monumento budista sabe ser um local tranquilo pra ficar em paz e compartilhar pensamentos do bem. Agora, imagina a energia de visitar o maior templo budista do mundo rodeado por vulcões (um ativo), floresta tropical e com mais de mil e trezentos anos de história!
Pois a sensação de chegar lá no escuro e ver tudo isto tomando forma conforme o avanço dos primeiro raios do sol, provavelmente, é maior do que a sua imaginação consegue visualizar. Será preciso ir pra ilha de Java, levantar às três da madrugada e fazer a trilha até o topo de Borobodur para sentir de verdade o que vou tentar mostrar por aqui.
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Borobodur, o maior templo budista do mundo
Eu fiquei empolgadíssima quando vi o passeio no roteiro da Trip of Wonders. Sonhava em ver o sol nascer de algum vulcão da Indonésia desde a primeira viagem e fazer isto no alto de um templo grandioso parecia ser tão ou até mais interessante.
Por fim, não foi difícil como subir um vulcão, porém, exige algum esforço para quem tem pernas curtas e pouco fôlego. Teve trilha com lanterna, ruínas e uma névoa encantadora se espalhando entre as palmeiras lá embaixo. O sol veio majestoso ao lado da fumacinha do vulcão ativo Monte Marapi e só após o espetáculo, veio a percepção real de onde estava e o que acontecia ao redor.
O monumento certamente é uma homenagem a Buda, mas a trilha até o topo também é local de peregrinação. Para os budistas, a base representa o mundo terreno e a subida rumo a estupa (as cúpulas em formato de sino) maior é o símbolo do caminho para a iluminação, quando todo o mal vai ficando pra trás. Ou seja, visitar no nascer do sol é literalmente a melhor experiência em Borobodur.
A trilha para ver o sol nascer em Borobodur
A caminhada de quase uma hora é plana até chegar nas escadarias de degraus altos e largos. O céu estrelado chama o olhar pra cima, mas não ajuda a iluminar o caminho entre as pedras, logo, é melhor focar no chão com a luz da lanterna e deixar pra curtir o visual quando estiver no topo.
Lá me acomodei no local sugerido pelo guia, deixei a Go Pro tirando fotos sozinhas e me controlei para aproveitar o momento mais presencial do que pelo visor da câmera. Claro que houveram registros, mas sem exageros para poder me sentir realmente envolvida pela aura de Borobodur.
Notei os Budas dentro das estupas, o formato das pedras vulcânicas, a cúpula maior e a movimentação das pessoas. A maioria enlouquecida com as selfies, outras registrando o cenário e algumas em posição de meditação como se estivessem ali sozinhos por horas.
A descida é um pouco mais complicada por perceber a altura na luz do dia e o tamanho dos degraus. E pede paradas pra fotos a toda hora.
CURIOSIDADE
Diz a lenda para colocar a mão dentro da estupa e tocar o dedo do Buda para ter um pedido realizado. Parece fácil, mas não vi ninguém conseguindo e não quis arriscar pela quantidade de teias de aranha iluminadas pelo sol.
Borobodur ontem e hoje
Borobodur foi originalmente criado para ser um templo hindu por volta do século VIII e, posteriormente, recebeu as estupas budistas. Foi construído sobre e acompanha o formato de uma colina considerada um centro natural no Vale do Kedu. A informação sobre as datas e motivações para a sua construção são incertas porque ficou séculos esquecido após o avanço do islamismo na Ilha de Java. Foi tomado pela selva, sufocado pelas cinzas das erupções vulcânicas (última em 1970) e sacudido por diversos terremotos (motivo de vários budas terem perdido as cabeças). Até ser redescoberto por arqueólogos europeus em 1815. Mas só foi restaurado e aberto ao público em 1983 após a intervenção da UNESCO. Hoje é Patrimônio da Humanidade.
Olhando de cima fica claro a semelhança com uma mandala. São terraços ornamentados por imagens de Budas que vão diminuindo a cada andar e o topo tem 72 estupas rodeando uma maior no centro. Mas dizem ser a flor de lótus a inspiração da arquitetura, o que não foge muito do formato mandala. Antigamente a região era alagada e o templo surgia grandioso no meio da água como acontece com a flor.
Ao lado do templo principal ficam outros dois menores complementando o conjunto arquitetônico Borobodur. E as paredes de todos contam histórias em relevo nos 2672 painéis, além dos 504 Budas.
Tome Nota sobre o maior templo budista do mundo
Borobodur abre diariamente das 6h às 17h. Mas quem vai para o nascer do sol, pode subir mais cedo. A bilheteria fica aberta e quando contrata um guia, tem a lanterna inclusa. Lembre de devolver para ganhar um lenço de presente no final.
Mesmo sendo a atração turística mais popular e segundo destino mais visitado da Indonésia, perdendo pra famosa ilha de Bali. O incomodo com a quantidade de pessoas é o de menos e facilmente relevado. Apenas esqueça a ideia de ter uma foto do templo sem pessoas. Se acontecer, será sorte.
Hotéis próximos a Borobodur: conheci dois durante a estada em Magelang.
Manohara Resort fica 5 minutos a pé do templo e oferece outras atividades na região sem a necessidade de usar transporte como ver o pôr do sol ou passear na comunidade. Utilizei apenas o serviço de café da manhã e adorei o astral do lugar. Se tivesse dormido aí, ganharia mais uma hora de sono.
Atria Hotel foi o mais confortável no centro de Magelang. Fica perto da praia e outras atrações, mas neste viagem o foco era apenas o templo. Os quartos tem decoração javanesa contemporânea e o restaurante oferece jantar típico com barraquinhas de comida local e farto buffet.
Como chegar: a partir de Yogyakarta ou Magelang, em Java Central, contrate um tour ou alugue um carro na Rental Cars. Fica na Jl. Raya Jogya – Solo Km 16.
Esta viagem foi um convite do Ministério do Turismo da Indonésia para participar do Trip of Wonders 2016.
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O T de madeira é a mascote que viaja com a Roberta em busca de experiências. Já passou por todos os continentes e mostra por aqui cenários e dicas para inspirar a sua viagem. Saiba por onde andou o T. Se gosta das fotos com Tesão, siga @tesaoporviajar no Instagram.