INGLATERRA

A Rayanair está quebrando (e está cobrando de mim!)


Ok! Tudo pronto para voar Rayanair. Chegamos a estação uma hora antes do horário do ônibus sair. Chegamos no aeroporto de Heathrow (Londres) bem – e rápido. O motorista com jeito espanhol pensou que estava no corpo do Fernando Alonso (piloto espanhol da formula 1) e fez a corrida meia hora mais rápido que o normal. Ainda tínhamos quase 2 horas antes de embarcar. Tempo suficiente para fazer o check-in, refazer se quiséssemos e ainda jogar cartas num dos cafés do aeroporto. E foi ai que tudo começou.

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Como é embarcar na Rayanair

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Antes de pegar qualquer fila e com toda a paciência do mundo fui me informar onde deveria ir primeiro. Mesmo tendo feito o check-in pela internet e sem malas para despachar, o funcionário “A” (sem nome no crachá e com jeito que sabia tudo) nos orientou a imprimir o ticket numa máquina eletrônica e depois retornar para aquela fila.

Achei que já tinha o ticket, mas segui para a máquina cospe-ticket, já pensando no sol que veria na Itália. Digitado os dados. Boa tecnologia. Bem simples de usar e…tchara! Surpresa!! Segundo a máquina eu teria que pagar 40 libras (20 libras para cada passagem) aparentemente por causa do check-in do aeroporto que esqueci de fazer pela internet. O que?

Primeira coisa que me veio a mente era que a máquina estava errada (máquina também erra, afinal é operada por seres humanos que erram).

Digitamos o código de novo. Tentamos não mencionar a bagagem de mão. “Tenho certeza que é isso” – tentei tranquilizar minha namorada. E.. “40 Libras”. Ih, máquina errada de novo? Vamos perguntar a algum ser humano que erra menos. Opa. A máquina estava certa. De acordo com a funcionária “B” (esqueci de ver o nome dela) eu teria que ter impresso o cartão de voo. Mas e aquele papel que eu tinha impresso em casa que tinha todas as informações do voo, números e regras? De que valiam? E por que no site eles me orientaram a imprimir o documento? A funcionária “B” não sabia responder, mas segundo ela eu deveria ter recebido um outro e-mail solicitando que eu imprimisse o tal cartão.

Mas eu não tinha recebido (ou tinha??) Não. Me lembro. Não recebi nada mais. E agora? Segue para outra fila para imprimir e pagar a tal taxa.

Fila grande e 40 minutos depois estou quase no numero 40 para ser atendido (coincidência de números?). Só para confirmar pergunto para outra funcionaria que estava por perto se era isso mesmo. Ela – funcionária “C” (que nem me importo em ver o nome) não só confirma, como diz que eu não sabia como usar a internet, que deveria ter pedido ajuda para fazer a transação. Logo eu, que montava computadores com um amigo quando era adolescente; que tinha feito meu próprio website e aprendido uma dúzia de programas sozinho? Mas…dei uma risada de falta de paciência, tive que ignorar a funcionária e voltei para a fila. Mais uns 15 minutos depois eu já estava próximo de ser atendido e pronto com todos os argumentos possíveis.

Apesar de tudo, de todos as formas de reclamar, a funcionária “D” disse que nada poderia ser feito. Perguntei o nome dela para confirmar a tese (e para deixar gravado na minha câmera que estava ligada e sutilmente localizada perto dela), mas se negou a dizer. De acordo com ela, se eu acessasse a pagina na internet no mesmo dia (1 de abril – e não é mentira) veria que a taxa de check-in do aeroporto seria 20 libras, e não 4 libras como mostrava meu impresso.

Sem mais discussões e com a conversa gravada paguei a tal taxa (que saiu mais cara que a passagem em si – 30 libras). Indignado, voltamos para uma das máquinas que não erram nunca para imprimir o cartão de voo. Enquanto ela processava o serviço eu e minha namorada fizemos algumas contas: se a Rayanair esta cobrando 20 libras de toda essa gente que estava indignada na fila (umas mil pessoas), ela teria arrecadado 20 mil libras em menos de 3 horas! (e em um dia normal de trabalho a companhia ganharia 160 mil libras!). Deixamos de fazer contas quando a máquina gentilmente nos informou que não poderia imprimir nosso cartão de embarque. Como? Tentamos em outra máquina e tudo ok. (eu sabia que elas erravam de vez em quando).

Impresso o cartão, voltamos para a fila do funcionário “A” – o primeiro do todos. Mostrei a ele o papel e ele “des-gentilmente” nos disse que teríamos que ir para o final da fila, mesmo que o nosso voo estivesse quase saindo. Ok. Acreditamos nele outra vez e estávamos indo para a fila quando ouvimos um outro funcionário (“F”, “G” ou “H”) gritar que quem iria para a Itália poderia ir para outra fila bem menor pois o avião já estava partindo.

Sem pensar em reclamar rumamos para a pequena fila sorridentes. Foi então que o famoso funcionário “A” veio em nossa direção gritando para todos que era a fila errada. Pela nossa cara de assassinos de aluguel ele fingiu não ter nos visto e deixou que ficássemos lá. Ufa! Pelo menos isso. Cinco minutos depois fomos atendidos e, para a nossa surpresa, somos informados que não precisaríamos estar naquela fila. Aaah!

Saímos correndo. Passamos pelo raio-X (sem antes pedir para cortar fila) cruzamos o corredor principal, e outro, e mais outro (acho que cruzamos todo o aeroporto correndo), e finalmente chegamos na almejada e ultima porta em direção ao nosso avião. Fomos os últimos a entrar. Pensei que estaria lotado e que teríamos que sentar separados, mas não. Muitos assentos estavam vazios.


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Voando para Itália de Rayanair
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Como é voar Rayanair

Voo iniciado. A comissária vem trazer revistas da empresa mas não aceito (vai que ela cobra por isso também). Termino de escrever esse artigo no outro lado das notas fiscais que recebi pelo pagamento das taxas (pelo menos o papel para isso foi de graça). A caneta começa a falhar na sexta e ultima folha. E a decisão de nunca mais usar essa companhia aérea na vida fica jurada por nós. Só depois checando os outros papeis descubro que teremos que voltar pela mesma empresa. Aaaah!

Tome Nota

Preste atenção nas taxas que ficam nas entrelinhas e escondidas quando for comprar uma passagem nas empresas que oferecerem voos mais baratos na Europa. Ou pesquise agora em um buscador.

Segundo o blog inglês about.com, viajar com Rayanair e EasyJet ainda é a forma mais barata de viajar pela Europa, mas o valor que você paga no final raramente é o mesmo anunciado nos sites.

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Rodrigo Baena

Rodrigo é natural de São Paulo, mas é cidadão do mundo. Ele morou na Inglaterra, Índia, Itália e agora em Portland, no norte dos Estados Unidos, onde já está a mais de 12 anos.  Formado em Jornalismo e apaixonado por histórias, ele vem dividindo sua experiência como colaborador escritor em vários blogs internacionais. Ele fundou recentemente o LONG LIFE LOCALS, um projeto para influenciar pessoas a se conectarem com pessoas e empresas locais quando viajarem. Rodrigo é autor de 3 livros (um em português: “Me reinvento sempre que a vida pede um pouco mais de mim”), é palestrante, produtor de eventos, pesquisador de felicidade e dono do CafeFavela Brazilian Cafe, um café brasileiro em Portland, Oregon, nos Estados Unidos. | Siga no Instagram

1 Comment

  1. Eu estive em Edimburgo por quase 2 anos, estudando.. e nunca tive coragem de viajar de Ryanair. Viajei mil vezes com a easyjet e nuncaa tive nenhum problema com taxas. sempre paguei só o que era cobrado na hora da compra do bilhete no site.

    Mas é sempre bom saber de histórias assim, assim não me arrependo de nao ter ido, nem que fosse, apenas uma vez.

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