Estar na beira do maior cânion do mundo nos faz compreender o motivo de ser eleito uma das maravilhas naturais do nosso planeta. O Grand Canyon merece todos esses títulos e uma aproximação mais íntima do que apenas observar dos mirantes. Ele deve ser sentido mergulhando nas águas do rio Colorado, percorrendo até as trilhas mais profundas e vendo ele sair das sombras no espetáculo do nascer do sol (este mostro em vídeo).
Assim era como eu gostaria de aproveitar o Grand Canyon com calma, mas tive apenas um dia e a solução foi percorrer um pedaço pedalando. Muito melhor do que motorizado, mais rápido do que a pé e a brisa na cara ainda veio de brinde. Na margem sul, nomeada South Rim, são três roteiros de diferentes níveis e distâncias. Fiz o intermediário em tour guiado da Bright Angel Bicycles chamado The Yaki Road Tour. São duas horas e meia percorrendo 11 km com poucos aclives e declives chegando até 43 metros de elevação.
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De bike no Grand Canyon
A guia entrega o capacete, ajuda a escolher a bicicleta conforme o peso e a altura, faz os ajustes para o exercício ser confortável e lá vamos nós! Nosso grupo é de 11 pessoas acompanhado por dois guias. A largada é pelo estacionamento rumo à trilha estreita no meio dos pinheiros. Eis que surge um veado solitário e atento aos nossos movimentos. Apenas observamos porque as regras são manter algumas milhas de distância de qualquer animal, mesmo os pequenos.
Seguimos e a primeira parada foi no início da Yaki Trail, onde a guia começa as explicações históricas e geológicas, além de responder nossas perguntas. Continuando a trilha, cruzamos por pessoas de todas as idades, incluindo famílias com crianças pequenas dentro de carrinhos puxados pela bicicleta. Todos com sorrisos na cara curtindo o visual.
A partir desta trilha vamos margeando o Grand Canyon e em alguns pontos a adrenalina aumenta. Em Pipe Creek View a vontade era olhar para esquerda e ver o cânion, mas haviam pedestres e precisava cuidar para não atropelar ninguém ou me desequilibrar. Sem acidentes, a parada final foi Yaki Point. Deixamos as bicicletas e seguimos a pé até onde não haviam grades protetoras e nenhuma interferência a não ser a própria natureza. Até o sol deu o ar da graça infiltrando seus raios entre as nuvens para deixar as rochas coloridas. São essas cores que contam a história milenar do lugar.
A volta foi bem rápida e sem paradas porque a chuva nos pegou em seguida e foi ficando cada vez mais forte. Haviam recomendado o uso de corta vento impermeável e foi útil nesta hora. Só faltou recomendar o saco estanque ou mochila impermeável e por isso corri mais ainda para evitar de molhar a câmera.
Enfim, adorei o meu primeiro contato com o Grand Canyon e não vejo a hora de voltar para fazer rafting, acampar, tomar banho de cachoeira e atravessar até o North Rim a pé. Também para ver se o T ainda está por lá, enquanto fazia as fotos perto do Yaki Point, o vento veio e levou ele pra dentro do canyon. Pelo menos agora ele faz parte da paisagem do maior cânion do mundo.
Veja como foi caminhar na parte histórica
Veja o vídeo resumo e índice de posts desta viagem
Tome Nota bike no Grand Canyon
Quem não quer fazer o tour guiado, também pode alugar bicicletas na mesma Bright Angels Bicycles. Eles oferecem cadeirinhas e carrinhos pra criança. Fica na 10 South Entrance Road. Se estiver longe pode pegar o ônibus circular (Shuttle Bus Route) e descer na parada Grand Canyon Visitor Center. Quando entregamos as bicicletas, um café quentinho nos esperava porque ali também é cafeteria e loja de souvenires.
Os outros dois roteiros levam de 2 horas (9 km) até 6 horas (34 km ida e volta). O mais fácil vai até um ponto distante do South Rim em van e lá começa o trajeto em bicicleta pela Hermit Road. E ainda tem o The Sunset Tour para ver o pôr do sol.
Use roupas confortáveis conforme a época do ano e não esqueça do corta vento impermeável. Era primavera e o vento na borda estava gelado mesmo antes de começar a chover.
Beba muita água, lembre que está no deserto! Mesmo bebendo meus lábios ficaram rachados e doloridos.
Esta viagem foi uma press trip a convite do Escritório de turismo do Arizona.
Fotos de Roberta Martins e Bernie.
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2 Comments
De fato Roberta, um lugar especial e totalmente diferente dos nossos canyons do Rio Grande do Sul…o ideal seria ficar mais tempo…curti por uma tarde, em julho de 1993.
E antes que esqueça, estarei testando um carregador solar (smart power bank, 5v) no Monte Roraima, neste mês…
Abraços.
Glademir
Oi Glademir, depois volte aqui pra contar sobre este carregador e o que achou da montanha. Abraço