ARIZONA

Dicas, paisagens e o lado histórico do Grand Canyon


Há um ano, finalmente tive a oportunidade de ver o Grand Canyon ao vivo, à cores e no embalo de uma bicicleta. O seu colorido se exibia mais vivo do que o esperado para uma região tão seca em dia nublado (meus lábios rachados que o digam). A intensidade dos amarelos, vermelhos e verdes impressionou e se intensificou nos ligeiros momentos de sol. Fenômeno motivado pela quantidade extra de chuva de inverno que insistia em continuar naquela primavera.

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Paisagem colorida moldada pelo vento, água, desgelo e gravidade
Paisagem colorida moldada pelo vento, água, desgelo e gravidade
O sol começa a se apresentar atrás do paredão do North Rim
O sol começa a se apresentar atrás do paredão do North Rim

A região visitada foi apenas uma parte do chamado South Rim, afinal este é o maior cânion do mundo e tive só um dia pra apreciar. Mas a parte que dizem ser a mais bonita e melhor estruturada de todas foi muito bem aproveitada com walking tour na vila histórica, almoço em hotel centenário, tour de bike e nascer do sol sensacional para deixar aquela vontade de voltar. Hoje conto sobre a parte histórica e dicas para visitar o parque nacional.

O lado histórico do Grand Canyon

Durante a caminhada pela Historic Village descobri que o Grand Canyon não é só famoso pela beleza natural. Também é por toda a estrutura planejada para o turismo desde o final do século XIX. Empresários visionários desbravaram trilhas e construíram a estrada de ferro em ambiente inóspito; uma das poucas arquitetas da época deixou seu nome nas construções mais interessantes; e uma dupla de fotógrafos arriscou sua vida para tirar incríveis fotos de natureza. E o trabalho foi tão bem feito que é, praticamente, a mesma estrutura usada até hoje com constantes melhorias. Todas estas histórias são contadas através de objetos e fotografias em pequenos museus e prédios históricos.

Paisagem colorida moldada pelo vento, água, desgelo e gravidade
Paisagem colorida moldada pelo vento, água, desgelo e gravidade

O que eu mais gostei foi o Kolb Studio. O estúdio dos famosos fotógrafos tinha acabado de ser reformado e transformado em livraria e museu para contar a própria história. Talvez seja a construção mais representativa de como os primeiros residentes se arriscavam para ter os melhores registros do cânion. Os irmãos Ellsworth e Emery Kolb chegaram ao Grand Canyon em 1902 e construíram eles mesmos o local de trabalho e residência.

O Lookout Studio, projetado totalmente integrado ao ambiente por Mary Colter (1914), vale pela vista para o centro do cânion e a sensação de ter emergido da terra. Este e outros projetos da arquiteta se contrastam com o emblemático El Tovar. Um dos hotéis mais luxuosos da época no sul dos Estados Unidos. Foi construído em 1905, logo após a estação de trem ficar pronta, com o objetivo de receber de forma requintada o novo nicho de turistas. E foi lá o meu almoço com ar sofisticado, boa comida e preços acessíveis.

Vista do Lookout Studio
Vista do Lookout Studio

Os outros prédios viraram lojas de souvenires ou continuam oferecendo os mesmos serviços de sempre, como o Bright Angel Lodge. A hospedagem rústica e charmosa de 1935, também é criação de Mary Colter. E como podem notar pelas imagens, a natureza me atrai tanto que acabei esquecendo de tirar fotos dos das construções.

O nascer do dia e pedacinho do rio Colorado vistos do Grandview Point
O nascer do dia e pedacinho do rio Colorado vistos do Grandview Point

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Tome Nota

Pra fazer o Walking Tour pode contratar um guia ou pegar o folheto Self-guided Walking Tour, disponível no centro de visitantes, e fazer por conta própria. São oito atrativos tendo sempre o Grand Canyon como cenário.

O Grand Canyon National Park abre todos os dias do ano e tem uma série de serviços disponíveis. O Grand Canyon South rim compreende a área entre Hermit Rest, no oeste, até Desert View, no leste, com 56 quilômetros de distância entre um ponto e outro. Visite o site para valores e outras informações.

Transporte: para circular dentro do parque utilizei as linhas gratuitas de ônibus. São três e operam das 4h30 até 21h30. Quem vai de carro conta com estradas acessíveis e vários pontos de parada para apreciar a paisagem.

A linha de trem conecta Historic Village até a cidade de Williams, 100 km distante, e parece ser um belo passeio. Também tem um ônibus que leva e traz diariamente para o North rim, o outro lado do cânion. Fica 16 km distante em linha reta ou 32 km a pé ou 5 horas de carro.

Como chegar: o aeroporto mais próximo fica em Flagstaff, 128 km distante, e parece ser a melhor opção pela proximidade e por ter voos diários de Phoenix. Para chegar ao Grand Canyon, ônibus partem diariamente ou um dos vários tours oferecidos na cidade.Também pode alugar um carro na Rental Car.

Hotel no Grand Canyon: são poucas opções de hospedagem e lotam rápido. Por isso deve ser reservado com antecedência como já expliquei no artigo sobre hotéis no Arizona. Me hospedei no Best Western Grand Canyon Squire Inn, na cidade vizinha Tusayan. RESERVE AQUI

Carolina também se impressionou com as paisagens e conta um pouco sobre a formação do cânion no Superlativo da Natureza.

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O trem histórico do Grand Canyon
O trem histórico

Esta viagem foi uma press trip à convite do Escritório de turismo do Arizona.

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Roberta Martins

Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 16 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram

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