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Tive oportunidade de fazer safari algumas vezes nos lugares considerados melhores no mundo e viciei. Talvez pela adrenalina do perigo ou pela emoção de ver os filhotes, ou pelo resultado visual incrível das fotografias. Provavelmente foi tudo junto, misturado ao conhecimento adquirido na prática que acabaram deixando marcas pra sempre.
Inclusive, é engraçado perceber como os papéis se invertem durante um safari. Nós somos os presos em carros, ou em nossos medos, enquanto os animais circulam livremente em seu habitat. Sim, senti medo e assinei alguns papéis ciente dos riscos, mesmo assim, a sensação de estar tão perto e registrar essa vida selvagem ou exótica foi sensacional.
Onde fazer Safari
A experiência mais intensa é no continente africano, origem dos animais selvagens mais famosos do mundo. Mas pode ser feita em qualquer lugar onde a natureza permaneça preservada e em equilíbrio. E este é o ponto-chave da segurança porque os animais têm a sua cadeia alimentar e não vão atacar humanos se não estiverem com fome ou ameaçados. Desta forma, onde tem água e comida em abundância, são os melhores lugares para fazer safari. A escolha, no entanto, depende de quanto tempo tem disponível, quanto pretende gastar e o quanto preza pela segurança. Existem opções para mochileiros independentes, excursões e pra quem busca do extremo selvagem ao luxo confortável. Pra mim, o importante é a segurança, portanto, jamais faria por conta própria sem um guia experiente, mas há quem arrisque por economia ou pela aventura em si.
Países onde fiz
Quênia é reconhecido internacionalmente por seus projetos de conservação e rota de grandes migrações como a dos gnus. Se tornou o meu lugar preferido por ter encontrado os big five e todos os animais que eu poderia imaginar em Maasai Mara, Lewa e Diane Beach.
África do Sul, especificamente Kruger National Park, é o local preferido dos brasileiros, no entanto, existem outras reservas privadas espalhadas pelo país como Guernsey, em Hoedspruit. Esta foi onde me hospedei e transitei até parte do Kruger, mas não encontrei leopardos ou elefantes nos dois dias por lá e foi decepcionante ver os rinocerontes mutilados como forma de protegê-los contra a caça. Outro destino foi em Cintsa, onde não existem animais predadores e o safari foi mais divertido.
No Brasil também tem safaris em regiões ainda preservadas e surpreendentes como o Pantanal, Amazônia, Lagoa do Peixe e Mata Atlântica. Podem ser chamados de safari fotográfico, observação de aves, focagem, passeio de barco, flutuação…, mas todos tem a mesma definição citada no início do texto e nos ensinam sobre o nosso ecossistema.
A seguir os países onde pretendo partir em busca de animais o quanto antes: Ruanda, Zâmbia, Namíbia, Zimbábue, Botswana, Tanzânia e Uganda. Todos na África.
Tipos
O que varia são as sensações de cada pessoa e os meios de transporte utilizados, alguns são mais intensos, outros mais divertidos e tem aqueles que vão além da observação permitindo a interação. A meu ver, todo safari é fotográfico, independente do tipo, e abaixo listo as minhas experiências com os links para os respectivos relatos.
SAFARI EM VEÍCULO 4×4
Modo tradicional feito pela maioria dos turistas. Pode alugar um carro e fazer por conta, contratar uma agência ou se hospedar em safari camps, onde os passeios estão inclusos. Os dois últimos são as formas mais seguras de fazer safari porque os animais percebem apenas o conjunto do carro e não a presença de pessoas. Isto acontece porque os veículos têm o mesmo padrão de cor e formato, assim como os motoristas usam o mesmo chapéu e uniforme. Quando novos, os automóveis são deixados ao relento por um tempo para os animais se acostumarem a ele, marcarem território e ignorarem nas futuras aproximações. Este procedimento é feito nos locais com animais mais perigosos e realmente me senti ignorada quando fiquei ao lado de uns vinte leões em Maasai Mara.
+Leia: Maasai Mara, o epicentro do safari mundial
Lewa e a preservação da vida selvagem
O contador de rinocerontes
Safari Fotográfico no Pantanal
Lagoa do Peixe para passarinhar
SAFARI A PÉ
Geralmente são realizados em áreas cercadas sem animais perigosos, mas o risco de invadirem em busca de comida é real e a recomendação é fazer em grupo próximo à hospedagem. Foram duas experiências inusitadas com locais, a primeira um safari no mar durante a maré baixa em Mombasa e a segunda com dicas de sobrevivência na savana.
+Leia: Safari a pé na África do Sul
Sea Safari e os dias em Diane Beach
SAFARI EM BALÃO
É o mais emocionante e arriscado de todos. Os animais percebem a nossa presença no ar e fogem ou ficam em posição de ataque protegendo os filhotes. O nascer do sol vem de brinde e devemos rezar para não cair em cima de leões, elefantes ou búfalos na aterrisagem. Fiz no Quênia com uma paisagem espetacular.
+Leia: Voo de balão pela savana africana
SAFARI EM QUADRICÍCLO
É sujeira garantida junto com alta velocidade e diversão. Os riscos são cair num buraco e não ter braço para manobrar ou voar do quadricíclo. Verdade que os animais se assustam e fogem, mas tem a vista e as paradas silenciosas onde os domesticados se aproximam. Foi em área cercada sem animais predadores na África do Sul.
+Leia: Safari em quadricíclo
SAFARI A CAVALO
É o mais tenso pela proximidade com os animais, habilidade em cavalgar e saber que os perigosos podem aparecer a qualquer momento. Ao mesmo tempo, é especial por existir a confiança mútua com o cavalo, ele sente a presença do perigo pela intuição e nos leva pelo caminho mais seguro.
+Leia: Safari a cavalo
SAFARI EM BARCO
São passeios de contemplação bem mais tranquilos que os outros safaris, desde que realizados longe dos temidos hipopótamos africanos. A navegação em rios, mares e lagos serve para observar animais marinhos, aves, répteis e quem vem em busca de água nas margens. Incluo também o mergulho com animais selvagens. Este tipo é bastante comum no Brasil, apesar de não se chamado de safari.
+Leia: O que fazer na Selva Amazônica
Safari Fotográfico no Pantanal
Meu mergulho com lobos-marinhos
Dicas para aproveitar o Safari
Use roupas leves e confortáveis. Se o destino for África, a poeira deixa tudo bege, por isso muitos optam pelas cores neutras ou combinando com a paisagem. Lenços ou echarpes são úteis para proteger o rosto da poeira e a cabeça toda do vento que fica gelado ao anoitecer. Para as atividades noturnas, leve um casaco quente mesmo que seja na linha do Equador.
Os melhores acampamentos oferecem lanternas, mas é bom levar uma para garantir. E nem todos os lugares têm energia elétrica pra carregar as baterias. Esta é a melhor oportunidade de usar um binóculo para ver tudo bem de perto. Os guias costumam emprestar o seu, mas será um para todos. Para os fotógrafos, lentes com bom alcance resolvem.
Leve produtos de proteção e hidratação (repelente, protetor solar, hidratante) para o corpo, o clima seco castiga a pela e os lábios racham. E ainda tem a grande variação de temperatura entre o dia e a noite. Lembre de fazer o seguro nas viagens internacionais, o risco de acidentes e doenças é presença constante. Por exemplo, no Kruger Park os mosquitos transmitem malária. Se sentir os sintomas, dizem que o remédio é facilmente encontrado nas farmácias das cidades próximas.
Durante o Safari
Faça o mínimo de barulho ou movimento brusco para não assustar os animais, ou ser percebido pelos mais perigosos. Siga atentamente as instruções dos guias e mantenha a calma sempre. Aproveite para conversar com o ranger (guia-motorista em safaris), faça perguntas e aprenda o máximo que puder. Agora respondo uma pergunta que já me fizeram algumas vezes e repito, safari não é brincadeira para criança. Ali a aventura é real e existem riscos que os pequenos não precisam correr. Leve eles nos zoológicos para se familiarizarem e compreenderem a respeitar os animais primeiro.
Pacotes de viagem na África
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Tome Nota
Fontes: dicionários Priberam e Cambridge. Existem reservas arranjadas onde colocam os animais e criam um roteiro safari. Neste caso, os bichos foram trazidos e, geralmente, não estão no seu habitat. Portanto, a palavra safari perde o sentido. Prefiro chamar esses lugares de zoológico. Se continua querendo uma viagem independente, veja as opções de aluguel de carro na Rental Cars. Lembre-se, no Quênia e África do Sul a direção é ao contrário.
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2 Comments
Muito legal o post. Estou interessada nos safaris na Africa e queria fazer uma pergunta, vc acha tranquilo ir até o país (obrigada pela dica do Quênia, estava pensando só em Africa do Sul e Ruanda para gorilas) e lá contratar uma empresa ou costuma contratar aqui no Brasil? Tem alguma agência pra indicar? Obrigada.
Oi Denise, sempre fiz com os hotéis onde estava hospedada (Lewa e Kempisnki no Quênia), mas costuma ser mais econômico contratar direto no país. Eu só contrato via Brasil quando o passeio é concorrido ou quando a passagem pelo local será rápida e vale a pena economizar tempo e não dinheiro. Sugiro pesquisar empresas ou hotéis próximos do local e avaliar resenhas de quem já fez com eles.