Como foram os dias em La Habana, os perrengues, a diversão, o clima e os bairros.

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No final ou início do Malecón, em La Habana
No final ou início do Malecón

Turismo em La Habana

Muitas pessoas no Malecón
Muitas pessoas no Malecón

Andei a pé por todos os lados. Conheci a sorveteria Copélia, onde foi filmado Morango e Chocolate. Este lugar é uma viagem. Tem a parte para turistas (um quiosque) e a parte para cubanos, numa se paga em moeda nacional e na outra em CUC, sendo que o sorvete pago em CUC é melhor e têm mais variedade, mas o prédio para cubanos é mais bonito. Tem um segurança na porta que só deixa entrar quem mostra a moeda nacional. Aproveitei que estava com Ana e fui para o lado dos locais, pois como turista não tive acesso à moeda nacional.

Para tomar um sorvete tem que fazer fila, que pode ser bem longa e demorada. Só deixam entrar na sala quando todas as pessoas que estavam ali já saíram, e as próximas entram até que as mesas lotem, se não são 4 pessoas, outros vão dividir a mesa porque não pode sobrar cadeira vazia. Não faz sentido porque eram várias salas com mesas, mas só 1 estava sendo usada e não era permitido sentar nas outras salas. A garçonete perguntou o que eu queria e acabou trazendo tudo igual, pois era só o que tinha. Apenas bolas de chocolate, não achei tão bom. Fiquei reparando nas outras mesas e vi um cara sozinho pedindo muitas bolas, haviam uns 8 pratos com 5 bolas cada um, ele tinha um pote e colocou todas ali e foi embora.

Para comer é melhor ser convidado de cubano ou ir nos “paladares” (casas de família que preparam uma refeição boa e com preço melhor). Não sou chata para comer, o problema é que se paga caro por comida ruim. Os melhores pratos são arroz cubano e banana frita, uma delícia em forma de batata chips. Comi alguns sanduíches bons e outros bem ruins, pão é o que mais tem. Faltam vegetais, a carne é dura e seca. Antes de ir pesquisei dicas e avisaram para levar bolachas e balas, levei barras de cereal e foi uma ótima alternativa nos momentos em que nada me agradava.

Bairro Vedado

É muito agradável caminhar à beira mar, fui do início do Vedado até Habana Vieja pelo Malecón, que é patrimônio histórico da humanidade, neste local, cubanos e turistas se misturam, gente de várias partes do mundo. Pessoas pescam, pedalam, caminham, andam de roller, cantam ou ficam sentadas apreciando o mar e o movimento. O pôr do sol é bem bonito. Não importa se é dia ou noite, está sempre cheio de gente. É seguro, bem policiado como em todo bairro Vedado.

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Habana Vieja

Habana Vieja, no centro de La Habana
Habana Vieja
Temporal e frio
Temporal e frio

Habana Vieja  tem uma parte feita para turista, a maioria dos prédios foi reformado e esta cheio de lojas, bares e restaurantes bonitos. Dizem que é perigoso caminhar à noite, não quis arriscar. Não senti medo da violência, as pessoas me assustaram demais. Ninguém anda armado e o que pode acontecer é o turista estar distraído e um ladrão passar correndo levando a bolsa, a câmera, etc… Eu caminhava com a mochila para frente e com a câmera amarrada ao braço, nada aconteceu comigo e também não vi nenhum roubo. Quer dizer, alguns cubanos tentam te enrolar, te dão troco errado ou cobram a mais para ver se cola.

Clima em outubro

Faz frio no Caribe, o inverno esta começando e nos dias de chuva calça e casaco são necessários, já quando tem sol é muito quente por causa da umidade. Ainda bem que trouxe roupas pensando no ar condicionado. E falando nisso, eles não sabem usar o ar, todos os lugares turísticos são extremamente gelados consumindo muita energia. O governo faz campanha para economizar, como não têm êxito, os apagões são frequentes.

A diversão em La Habana

Tenho visto pessoas muito bonitas aqui, é uma mistura parecida com os brasileiros, negros e brancos com traços interessantes. Se não fosse pela língua, passariam tranquilamente por brasileiros. As mulheres são vaidosas, usam enfeites e rebolam muito.

Ao contrário do que eu imaginava, as festas começam cedo e terminam cedo, mas acontecem todos os dias. Não quis pagar para ir em shows feitos para turista e meus amigos cubanos não quiserem me levar nos bares locais de salsa, disseram que é barra pesadíssima. Aproveitei as festas do congresso.

Festa cubana para turista em La Habana
Festa cubana para turista

Ana me levou num cinema para cubanos, também pago em moeda nacional. Era como as salas velhas que temos por aqui, o que me chamou a atenção foi a sala de projeção, pedi para entrar e tirei fotos. Têm vários projetores de filmes em rolo e ainda são utilizados. Os filmes modernos são projetados em aparelho de VHS, o filme que vimos foi assim, deveria ter uns 10 anos porque os atores conhecidos eram bem novinhos.

Sala de projeção em La Habana
Sala de projeção

De carro com os locais

Aqui tem muito caranguejo e foi engraçado quando me assustei com um atravessando a rua na frente do carro, tivemos que parar para ele passar ou ele poderia furar o pneu. Assim como cuidamos para não atropelar cachorros. Dizem que no sul chega a ter uns 300 caranguejos ao mesmo tempo na estrada, o jeito é esperar eles passarem.

Swacht (suíço original) comprado em Cuba, um presente que adorei
Swacht (suíço original) comprado em La Habana, um presente que adorei

Os locais pedem muita carona e achei estranho quando estava num táxi lada indo para o Palácio de Convenciones quando uma cubana pediu carona para o motorista, que não me perguntou nada e deixou ela entrar no carro, ela me deu bom dia e permaneceu calada. Um tempo depois pediu para sair e entregou uma nota de 10 pesos cubanos e saiu. Não me importei, mas acho que o motorista deveria ter me perguntado antes, afinal eu paguei em CUC que vale 24 vezes mais.

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Autor Roberta Martins

Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 16 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram

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