Deixamos o excesso de bagagem no hostel e saímos com as mochilas (com 8-9 kg) prontos para dois dias no Parque Nacional de los Glaciares. Conto como foi o dia-a-dia da nossa aventura.
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Dia 1 Parque Nacional de los Glaciares
O objetivo do primeiro dia era chegar o mais próximo do Fitz Roy e terminar na Laguna Capri. Guias não são obrigatórios, mas dois nos acompanharam, um fazia escaladas e nos explicou tudo sobre o lugar e as montanhas. Foi um dia de suspiros pelas paisagens com lagos cristalinos e água congelante (doía a mão para encher o squeze).
De tempos em tempos avistávamos o Fitz Roy cada vez maior e imponente. O último 1,5 quilômetro para chegar nele foi o mais difícil de todas as trilhas que fizemos na Patagônia, segundo meus amigos, pois eu estava passando mal (bactéria que atacou alguns) e fiquei cuidando das mochilas. Eles levaram quase duas horas nesta subida e o mesmo tempo pra descer entre pedras irregulares. Fiquei me esquentando no sol e observando os que passavam. Muito idosos, principalmente europeus. Eles caminham super rápido com dois bastões e estão sempre sorrindo. Todos os que voltavam da trilha chegavam ali acabados, mas teve um grupo de idosos franceses (entre 60 – 70 anos de idade) que me inspira a seguir com as trilhas em qualquer idade. Eles desceram dando risadas, no maior pique e felicidade.
Depois de 14 km de caminhada chegamos ao acampamento da Laguna Capri, um lugar lindo e muito frio. Na madrugada chegou a fazer oito graus negativos. Mas deu para aguentar bem, as barracas já estavam montadas com sacos de dormir que deram conta do frio e já nos esperavam com a janta quentinha.
Dia 2 Parque Nacional de los Glaciares
Este dia foi especial, um puma cruzou o nosso caminho logo no começo da trilha. Um dos guias ficou para trás e do alto de uma montanha avistou o felino vindo tranquilamente em nossa direção pela trilha, ele percebeu o choque, pois nem o puma nem as pessoas que estavam na frente tinham se notado. O guia começou a gritar e todos congelamos ao ver a cena, foi muito perto, eu fiquei nervosa tentando pegar a câmera, imagino como se sentiram esses que estavam na frente, não eram do nosso grupo. Por segundos o animal parou e encarou eles, logo desviou da trilha e seguiu caminhando devagar e encarando todos nós até sumir na mata correndo. Ficamos um tempo extasiados observando e tirando fotos, todas tremidas.
Seguimos em direção ao nosso objetivo – o Cerro Torre. Parte do terreno foi difícil, bom para fazer bolhas e torcer o pé, eram pedras soltas de vários tamanhos e o pé ia virando, mas fomos bem. Chegamos na Laguna Torre, o melhor lugar para ver o Cerro de perto que estava rodeado de neve e ia soltando geleiras pelo lago. Como é bom descansar e lanchar em lugares assim, ficamos por algum tempo e logo seguimos o rio em direção a El Chaltén, as vezes olhando para trás e ainda se surpreendendo com as paisagens. Do alto dava pra ver toda a cidade bem pequena rodeada por montanhas enormes. Hoje foram mais 24 km a pé e com a mochila nas costas. Alguns sentiram dores e cansaço, mas todos nos sentimos realizados e prontos para continuar.
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4 Comments
É muito legal poder ler a história de uma viagem fantástica na qual eu estava fazendo parte!!!
Muito bom Roberta, tô adorando e esperando mais e mais histórias!!!
O site tá maravilhoso!!!
Beijos mil!!
Mirela
Obrigada Mirela! Temos que fazer novas viagens para ter mais histórias para contar. beijos
Boa noite, adorei o site, muitas informações e imagens lindas.
Vou para el calafate em março e gostaria que me enviasse algumas dicas de passeios.
Desde ja agradeço.
Olá Patricia
Todas as minhas dicas de passeio escrevi em todos esses posts no Territórios https://territorios.com.br/category/argentina/calafate/
O mais surpreendente é Perito Moreno e o mais delicioso é comer o Cordero Patagonico.