A ilha caribenha possui quase a mesma área de Florianópolis e parece fácil desbravá-la de carro em poucas horas. Mas na prática é bem diferente, Barbados abriga lugares incríveis que exigem muitas paradas em atrações das mais diversas. Logo nas primeiras horas circulando com o carro alugado, percebi que um dia não seria suficiente. Por isso escrevi no plural os roteiros de carro por Barbados.
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Roteiros de carro por Barbados
Foram dois roteiros, um durante a semana e outro no final de semana em lados opostos da ilha. Em ambos o motorista foi o Guilherme por ser o único com experiência em dirigir na mão inglesa. Quem não se anima a guiar na mão contrária, minha sugestão para usar estas dicas é fazer amigos bajans (povo local) ou negociar com um taxista.
Roteiro oeste – norte
Saímos tarde do hotel em direção ao tráfico mais intenso da ilha, de sul a oeste pela costa em uma segunda-feira pela manhã. Considerando o objetivo do dia – dar toda a volta na ilha iniciando pelos pontos mais afastados, começamos mal.
A primeira parada foi Speightstown (conforme indicação do guia Ilhas do Caribe da Lonely Planet), uma praia urbana com o mar lindo e calmo do oeste, aproveitamos para almoçar e caminhar na areia antes de seguir rumo ao norte.
Decidimos nos guiar pelo mapa parando somente nos locais com indicação para fotografar e assim tentar completar o objetivo. O próximo local foi Archers Bay, onde começam os penhascos e formações rochosas emergem do oceano.
Chegamos ao extremo norte de Barbados, em North Point, uma placa indicava o caminho a pé e um simpático artesão esbanjava boas vibrações. Na beira do penhasco encontramos o mar mais violento. As ondas batiam forte nas pedras e um chuvisco nos alcançava (veja o susto neste post). Dá pra ficar horas relaxando encantado pelo movimento, mas era preciso seguir em frente. No momento não percebemos que ali perto ficava a Animal Flower Cave com piscina natural dentro da caverna e cenário da tradicional foto “janela” com vista para o mar.
O tempo nublou e a chuva veio, mesmo assim fizemos uma pequena trilha em River Bay quando a água deu uma trégua e observamos pescadores e cavernas nos penhascos, que já não são tão altos, mas placa na foz do rio chama a atenção para a correnteza forte. No retorno a chuva voltou forte, corremos pra guardar o equipamento fotográfico e literalmente dançamos na chuva para celebrar o momento e refrescar o corpo daquele calor úmido. Algumas pessoas ficaram nos olhando, mas azar, valeu a pena e o arco-íris duplo logo despertou a atenção deles.
Nos afastamos um pouco da costa e voltamos a subir até Cherry Tree Hill (260m), uma montanha onde depois de uma curva exibe uma bela paisagem de Morgan Lewis Beach. Mais adiante chegamos a Morgan Lewis Mill, o mais antigo moinho de vento em funcionamento no Caribe. A paisagem fica rural com rolos de feno e somando com a vista para Morgan Beach deixa o cenário não esperado para uma ilha no caribe.
Voltando para costa passamos por um terreno enorme com os típicos macaquinhos locais, descemos do carro na hora, mas eles se esconderam entre as árvores e as fotos não ficaram boas.
O dia estava acabando e percorremos apenas 50 quilômetros quando paramos em Cattlewash e avistamos Bathsheba, entre as mais famosas praias de Barbados. Do pôr do sol vimos apenas alguns raios atrás das montanhas porque ele se põe no oeste.
Roteiros de carro por Barbados: sul – leste
Depois de explorar bastante o sul e oeste durante a semana, utilizando os pés ou transporte público, decidimos alugar o carro no último dia para completar a nossa meta de dar a volta na ilha. Conseguimos, mas para quem fica mais de oito dias, vale alugar de novo para explorar com mais tempo e entrar em tudo o que der vontade. Alguns pontos interessantes só vi passar na estrada por falta de tempo.
Dessa vez fizemos o trajeto inverso, do sul rumo ao leste até onde paramos na segunda-feira. Mas agora o nosso mapa estava todo riscado com as dicas dos lugares mais bonitos, segundo nossos novos amigos bajans, e esse foi o percurso. Conseguimos sair cedo e o dia ensolarado foi perfeito.
Primeira parada foi para pegar um tripulante em Silver Sands, point da galera de kitesurf e voltamos para o sul para curtir praia em Miami Beach, a ideia não era parar tanto tempo, mas o visual e a temperatura da água foram irresistíveis. Aliás nossas duas paradas estratégicas do dia foram muito bem escolhidas porque são as minhas praias favoritas em Barbados.
Uma parada rápida para fotos em Long Bay e bateu a fome. Este lado da ilha não tem tantas opções de restaurantes, mas encontramos um supermercado e saiu até piquenique em uma caverna entre Crane Beach e Ginger Bay. Outro lugar sem vontade de ir embora, o mar não estava convidativo para o banho, mas era hipnotizante.
Alcançamos o primeiro penhasco em Ragged Point Farol, onde fica o farol do lado leste da ilha. Um grupo de amigos bajans, vestidos estilo roupa de domingo, chamou a atenção, imagino que estava em algum encontro de igreja nos arredores. Barbados tem a herança britânica também na religião, passei por muitas igrejas anglicanas e vi placas Jesus is comming por todos os lugares.
Chegamos a uma vila de pescadores chamada Conset Bay, mas não vimos turistas nem pescadores, apenas os barcos e um caranguejo se escondendo no trapiche.
Seguindo pela estrada, avistamos o que parecia ser uma parque, não tinha portões e um extenso caminho de palmeiras convidava a seguir por ali até uma construção antiga. Entramos e era um colégio no meio de jardins tropicais, espelhos d’água e diversas árvores. Descemos uns minutos para explorar e cruzamos famílias bajans, grupos de ciclistas e trilheiros que costumam passear na região nos finais de semana. Codrington College é outro lugar pra passar mais tempo, curtir a vista e procurar macaquinhos.
Finalmente Bathsheba! E com sol confirma ser a praia mais bonita do país pelas formações rochosas e o mar agitado do oceano Atlântico. Ainda deu tempo de pegar o resto de claridade em Cattlewash e ver de perto o banco que fica em cima da pedra no meio da praia. Mas para apreciar a vista sentada lá no alto é preciso escalar sem qualquer equipamento. Cris e Guilherme concluíram a façanha.
E o nosso tour ainda não terminou, paramos para ver as cores do pôr do sol na estrada antes de chegar a Harrison’s Cave, uma enorme caverna de corais na parte alta da ilha. Fizemos o passeio a pé pelas galerias subterrâneas e compreendemos porque Barbados é diferente das outras ilhas do Caribe.
Viu como vale a pena acordar cedo!
Tome Nota: alugar carro em Barbados
Como alugar carro em Barbados: peça auxílio na recepção do hotel ou veja os anúncios nas revistas disponíveis no aeroporto e quarto do hotel. Alguns oferecem desconto e dá pra pechinchar. Conseguimos o melhor preço com a ajuda da recepcionista do hotel. Depois de reclamarmos do preço inicial, ela foi direto no mais barato e ainda barganhou por nós. Verifique a possibilidade de devolver o carro em lugar diferente da entrega.
Para alugar com antecedência, veja preços e alugue carros na Rental Cars
Habilitação: a carteira de motorista brasileira serve para tirar a Permissão de Visitante válida por dois meses. Pode ser feito direto na locadora por telefone e entregam junto com o veículo por um custo adicional de U$5.
Quando alugar: no primeiro e último dia de viagem é vantagem para economizar no transporte entre aeroporto e hotel. Achei melhor do que chamar um táxi porque eles tem um jeito diferente do nosso de negociar valores.
Como circular: leve um mapa impresso e o Gps. Mesmo sem internet nos trajetos, deu para carregar o mapa antes no Ipad o que ajudou a saber a nossa localização. O povo bajan é muito solícito e simpático, não hesite em perguntar.
Criei um mapa de Barbados no Google
Engarrafamentos são frequentes nos horários de pico, então saia cedo do hotel e organize o roteiro evitando o tráfico intenso.
Outras opções de dar a volta na ilha são tours guiados ou passeio em 4×4.
Essa viagem ao Caribe foi parcialmente patrocinada pelo Visite Barbados e alguns serviços no destino.
Fotos do texto “Roteiros de carro por Barbados” de Roberta Martins, Maurício Oliveira e Cris Marques.
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