Bolonha é uma cidade grande (para padrões europeus) e medieval onde arte, mistérios e contradições se encontram em posição estratégica na Europa. Bolonha tem rotas de trem para toda Itália, abriga a universidade mais antiga do mundo ocidental (1088) e preserva a história em cerca de 50 museus.

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Fontana del Nettuno de Bolonha inspirou a Maserati (tridente)
Fontana del Nettuno inspirou a Maserati (tridente)

A terra das marcas automotivas Lamborghini e Ducati tem a estátua polêmica que inspirou o símbolo da Maserati e é chamada de Cidade dos Arcos e Cidade das Torres. São 40 km de calçadas protegidas por arcos decorados e 20 torres medievais (eram mais de 100 torres). Caminhar por aquelas ruas descobrindo a história e suas controvérsias encravadas na arquitetura antiga, além de provar as delícias da região Emilia Romagna fazem a cidade ser muito mais especial do que aparentou no primeiro momento.

Depois de passar cinco dias encantada com o Vêneto, cheguei a uma Bolonha gelada, chuvosa, velha e feia. Mas foi só uma errônea primeira impressão, conforme ia conversando com as pessoas, vendo a rotina e percebendo uma série de significados interessantes, aumentava a vontade de ficar mais tempo. Bolonha foi minha base no projeto BlogVille (para se sentir como um local na Itália) por uma semana. Fiquei hospedada em um apartamento onde fazia minha própria comida comprada nos mercados e aprendida em curso de culinária artesanal; tomava um cappuccino incrível todos os dias na mesma cafeteria em frente; cumprimentava os vizinhos e via o agito diário de um bairro boêmio pela janela.

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Palazzo del Podestà
Palazzo del Podestà

Não senti o clima estudantil, famoso da cidade, porque era período de férias e, apesar de outono ser considerado a época mais agradável pra visitar, só peguei um dia ensolarado sem frio. Contudo, esse dia estava perfeito e o motivo também foi a guia Simona que nos contou histórias fascinantes de forma muito dinâmica enquanto caminhávamos na cidade velha. Entre as curiosidades, uma janelinha na via Piella exibe o lado veneziano da cidade com a água do canal tocando as fundações das casas.

O passeio incluiu um almoço típico à moda medieval. Paramos na loja Vecchia Malga, do Quadrilátero (ou Mercato di Mezzo – mercado com origem no período dos romanos), para comprar frios, pães e patês e nos dirigimos para a Osteria del Sole, uma taberna de 1465 que continua com o mesmo clima até hoje. Ali os clientes podem levar a sua comida, compartilham mesas, falam alto, jogam cartas e pedem as bebidas, uma bela carta de vinhos por sinal.

Osteria del Sole
Osteria del Sole

O que mais ver e fazer em Bolonha

Comer bem e viver toda a cultura gastronômica local estão entre as melhores experiências em Bolonha, não faltam festivais, restaurantes, sorveterias e mercados. Fiquei horas conversando em italiano com os vendedores das bancas do Mercato delle Erbe, sábado curti o orgânico Mercati della Terra e passei uma tarde divertida com as mamas do Le Sfogline (leia o post com vídeo).

Banca do Mercati della Terra
Banca do Mercati della Terra

Museus interessantes são vários entre medieval, arqueológico, religiosos e contemporâneos, mas fecham cedo e acabei por visitar apenas o Museu de Arte Moderna – MAMBO. Eu gostei, mas vale verificar a agenda de exposições antes se não gosta de arte italiana recente. Fica na região chamada Manufatura das Artes, antigo porto revitalizado que se transformou em complexo da indústria criativa.

Museu de Arte Moderna de Bolonha
Museu de Arte Moderna de Bolonha

As torres viraram centros culturais ou atrações turísticas. No final do dia de sol subi os 498 degraus da Torre Asinelli, vi os limites da cidade a uma altura de quase 100 metros e contemplei as lindas cores do entardecer. O cheiro de velho, os raios entrando pelas escassas janelas e os degraus de madeira barulhentos e estreitos nos fazem viajar no tempo tanto na subida quanto na decida.

Vista pra Bolonha da Torre Asinelli
Vista da Torre Asinelli
Vista para Bolonha

Para vitrines, compras e diversos cafés são duas ruas: via dell’Archiginnasio e via  Independeza. Praticamente a mesma rua dividida pela Piazza del Netuno. Praça da famosa fonte que já incomodou muitos religiosos e foi censurada algumas vezes por conotações sexuais.

Tome Nota

O tour guiado pelo centro histórico de Bolonha foi sensacional, mas não consigo relatar os detalhes por aqui, foi muita informação. Recomendo contratar a Simona Spadoni para ter a mesma experiência. Algo parecido com desvendar mistérios como nas histórias de Dan Brown. Informe-se pelo info@visitbologna.eu ou veja várias opções no Get Your Guide.

Na Osteria del Sole é obrigatório consumir 7 euros por pessoa em bebida e funciona das 10h30 às 21h30. Está localizada na Vicolo Ranocchi 1/d.

Torre Asinelli é aberta ao público das 9h às 17h e até 18h no verão. Fica entre a via Zamboni e Strada Maggiore.

O Museu de Arte Moderna de Bolonha – MAMBO abre de terça a domingo das 12h às 18h e até 20h nos finais de semana, feriados e quintas-feiras. Na Via Don Giovanni Minzoni, 14.

O Mercati della Terra funciona aos sábados das 9h às 14h e nas segundas durante o verão. Os outros mercados mencionados abrem em horário comercial.

De Bolonha parti de trem para conhecer os Apeninos, Ravenna e Bondeno. E poderia ter feito passeios de um dia para Veneza, Florença, San Marino e outras. Bolonha fica apenas uma hora de trem de Milão. Se hospedar entre a Estação Central e o centro facilita esta movimentação e para conhecer os pontos turísticos, eu fiz tudo a pé.

O aeroporto internacional Guglielmo Marconi fica 15 min de táxi do centro de Bolonha. Dalí fiz escala em Madri e voltei para o Brasil. Sendo que na ida comecei a viagem em Milão sem pagar mais caro pelos destinos diferentes de chegada e partida.

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15 dias pelo norte da Itália

Fotos de Roberta Martins e Leandro Gabrieli.

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Autor Roberta Martins

Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 16 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram

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