Desde o ano passado tomei a decisão de viajar mais por Santa Catarina como fazia nas décadas passadas. Quero me atualizar sobre atrativos, refazer e descobrir atividades na natureza, principalmente. Já contei sobre o Vale da Utopia, Naufragados e hoje complemento com Barra da Lagoa e Galheta. A ideia é acrescentar novas trilhas em Florianópolis conforme vou fazendo, combinado?
Alguma das três trilhas recomendadas neste texto servem para você, afinal pode escolher entre fácil, moderada e difícil. Como está o seu nível de preparo físico?
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Trilhas em Florianópolis
Trilha Piscinas Naturais da Barra da Lagoa
É um caminho fácil entre a Prainha da Barra e Praia da Galheta, embora o único acesso seja pela Barra passando a ponte sobre o canal e seguindo as placas. É um passeio agradável para ir pela sombra, tomar banho nas piscinas naturais (surgem quando o mar está calmo), descansar nos mirantes e voltar pelo mesmo caminho.
A trilha das Piscinas Naturais é leve com pouco mais de 1 km (cerca de 15 minutos) a ida.
O que levar: água e lanche se pensa em ficar mais tempo, vendedores ambulantes só aparecem na alta temporada e finais de semana. Não esqueça o repelente porque os mosquitos estão a espreita nas sombras a qualquer hora do dia.
A ideia não era ter feito esse trajeto, foi por acaso enquanto procurávamos o caminho para a Trilha da Galheta e erramos. Ainda bem que era curtinha e deu para fazer as duas trilhas em Florianópolis no mesmo dia.
Trilha da Boa Vista (ou Trilha da Galheta)
A Trilha da Galheta mudou de nome, talvez pela vista 360 graus encontrada no seu ponto mais alto. O início é o mesmo da trilha anterior: vai até a Barra da Lagoa e atravessa a ponte do canal da Barra, a diferença é dobrar a direita e pegar o caminho por baixo da ponte neste ponto. Então basta seguir as placas para esquerda e direita, respectivamente.
O trajeto inicial não estava muito aberto em abril de 2019, sinal que poucos aventureiros têm conhecimento desse local. Afinal, aquele era o fim de semana de Páscoa, final da alta temporada de verão e imaginei ser bem mais movimentado. A subida é íngreme e pesada para quem esta fora de forma, mas a vista compensa logo ao passar o primeiro morro. Um marzão azul em frente e ao olhar para trás, o bairro Barra da Lagoa como se fosse um vale entre as montanhas verdes do Parque Estadual do Rio Vermelho e o mar.
Chegar ao ponto mais alto da trilha (cerca de 1200 metros) é lindo e dá para ver o Farol da Barra da Lagoa, mas decepcionante ao saber que caminhei apenas 640 metros. Para servir de consolo, a parte mais difícil já passou, a partir desse ponto será reto ou descida com altos visuais (como dizem os catarinas). Na outra ponta deste mesmo morro a paisagem fica ainda mais bonita quando avistamos a Praia da Galheta, a Praia Mole, a Ilha do Campeche, as dunas da Joaquina e toda a Lagoa da Conceição, o canal da Barra e o bairro Barra da Lagoa.
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Praia da Galheta e Praia Mole
Então é só descer para chegar a Praia da Galheta, uma praia de nudismo onde todos são bem vindos. Porém, a trilha não acaba ali. É preciso caminhar até o final da praia, pegar outro caminho leve para a Praia Mole e só lá encontrar a saída para a rodovia SC-406. Local onde passa transporte público. Ali combinei de encontrar minha carona depois de quase 3 horas de caminhada com muitas paradas para fotografar.
Tome Nota Trilha da Galheta
O percurso é de cerca de 2 km com subidas e descidas que parecem ser mais longo. Também pode fazer o caminho inverso, da Galheta para a Barra. A subida parece ser mais fácil por ser menos íngreme, porém aviso, o visual de chegar a Praia da Galheta é muito mais bonito do jeito relatado.
O que levar: boné e muita água porque a maior parte do tempo será no sol. Um lanche cai bem porque só vai encontrar comida a venda na praia. Fiz com tênis de caminhada e short, de calça teria sido melhor para os trechos de mata mais fechada.
Trilhas em Florianópolis: Naufragados
Texto original publicado em abril de 2018
Naufragados é a praia mais ao sul da ilha e o nome indica não ter fácil acesso, pelo menos por mar. Por terra, o único jeito de chegar é por trilha, a chamada Trilha de Naufragados que não é nada difícil. Tem algumas subidas e o barro dificulta em um e outro trecho, principalmente quando chove.
No caminho tem riachos, com pequenas quedas d’água e canos com água potável para beber, micos saguis e poucas casas de pescadores no final. Eles montaram uma estrutura de camping e restaurante para atender turistas. Mas o acampamento é bem simples, na beira da praia, sem energia e banho quente.
A trilha são menos de 3 quilômetros que levam cerca de 50 minutos até a Praia de Naufragados. Uma praia linda e quase selvagem de frente para o continente. Do outro lado do mar fica a Praia da Pinheira e a Ponta do Papagaio, em Palhoça. Inclusive, pode pegar um barco no continente e chegar ali. Desde que o Farol de Naufragados foi construído, em 1861, é uma rota segura de navegação. Nos últimos anos tem sido um belo passeio de um dia. Quem está na ilha de Florianópolis e não quer fazer trilha, pode combinar o transporte com os pescadores de Caeira da Barra do Sul. Chega rapidinho com um super visual.
Passeio de Barco para Naufragados como alternativa
Se está lendo este texto é porque gosta de fazer trilhas. Então vá a pé e, quando estiver no continente, experimente o passeio de barco para ver a Praia de Naufragados por todos os ângulos. Ela não é muito grande e se caminhar mais 500 metros para a direita, vai chegar ao farol. Além da vista para as praias do continente, ilhas e ruínas da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição da Barra (1765), tem os canhões do antigo Forte de Naufragados no meio da mata atlântica.
Tome Nota Trilha de Naufragados
Como chegar: a trilha de Naufragados começa na Caeira da Barra do Sul, 40 quilômetros do centro de Florianópolis. Pegue o acesso ao Ribeirão da Ilha e siga até o final da rodovia. Só tem um caminho. É fácil perceber o local pelas placas de estacionamento. São alguns e um dele tem o acesso a trilha ao lado.
Como voltar: são duas opções, voltar pelo mesmo caminho a pé ou pegar o barco dos pescadores. É bom combinar uma hora com eles antes de começar a trilha. Ou se certificar até que horas terá o transporte de Naufragados para Caeira, os pescadores só ficam à disposição na praia em dia de movimento.
O que levar: garrafa d’água cheia e vai abastecendo no caminho, repelente, tênis com garra (dá pra usar chileno, mas tênis é melhor), roupa de banho, filtro solar e canga (na alta temporada tem guarda sol e cadeira pra alugar). Ninguém aceita cartão por lá, leve dinheiro se quiser comprar algo ou voltar de barco.
Dica gastronômica: pare em Ribeirão da Ilha para comer ostras na volta, talvez as melhores do Brasil. Elas são criadas no mar em frente e tem preços mais acessíveis que o resto da ilha. Depois da trilha experimentamos as gratinadas do Muqueca da Ilha, na Rod. Baldicero Filomeno, 7487.
Outras trilhas em Florianópolis
Já fiz algumas que nem lembro o nome porque faz muito tempo. Tenho recordação de curtir o visual da Trilha para Matadeiro… mas não tenho fotos e preciso fazer de novo pra contar os detalhes aqui. Lagoinha do Leste também está na lista e, na próxima viagem para Florianópolis, eu volto aqui pra completar o texto.
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2 Comments
Muito lindo! Tenho o sonho de conhecer essa cidade e venho essas imagens a vontade aumentou nas próximas férias realizo esse sonho.
Estou preparando artigos atualizados sobre a cidade, em breve mais fotos e informações por aqui Carol