Na verdade, o cantão Ticino, é a região mais quente e ensolarada da Suíça, enquanto Lugano é a sua maior cidade. Neste artigo trago dicas para visitar Lugano que pode ser em bate e volta ou 6 dias como eu fiquei.
O texto continua após os serviços recomendados no destino.
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No meu último roteiro pela Suíça, passei duas vezes por Lugano, primeiro para fazer o passeio Bernina Express (trem parte de Tirano, na Itália, mas tem trecho de ônibus partindo dali), então para participar do Adventure Travel World Summit (congresso de turismo de aventura). Embora tenha passado a maior parte do tempo no Palazzo dei Congressi, dei algumas escapadas para caminhar e aproveitei a vida noturna. Obviamente, se eu tivesse 6 dias inteiros para turismo, teria conhecido muito bem toda a região, no entanto, entre um evento e outro deu para sentir o clima da cidade e dizer que vale muito incluir uns dias por ali no roteiro.
Lugano, onde qualquer semelhança é mera coincidência
Ao descer da estação de trem e olhar a paisagem de um ponto alto, surge a primeira impressão: parece o Rio de Janeiro! Casinhas coloridas avançam nas encostas das montanhas que recortam um lago, longas escadarias levam para a parte baixa (cerca de 60 metros de desnível) e há grande movimento de pedestres e veículos para todos os lados.
Mas todos respeitam a sinalização, param na faixa, as escadarias não são pichadas e o idioma mais ouvido é italiano. O excesso de movimento com mãos, o tom de voz alto, a arquitetura com arcos, igrejas com afrescos e os estabelecimentos vendendo pasta e gelato mudaram meu conceito. Estou na Itália!
Quase isso, o Lago Lugano têm alguns trechos pertencentes a Itália e Ticino é a região italiana da Suíça. O estilo de vida, o clima do mediterrâneo e idioma são italianos, mas não se engane, a moeda, os preços e a organização são suíços.
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O que fazer em um dia em Lugano: mirantes e city tour
Quem dispõem de apenas um dia, deve visitar os mirantes para ver a cidade do alto. São vários e os mais interessantes e fáceis de subir com funicular são Monte Brè (925 m) e Monte San Salvatore (912 m). Infelizmente, me enrolei e acabei não subindo, mas vários participantes do evento foram e recomendaram muito. Pode alcançar os dois no mesmo dia ou combinar com o city tour pelo centro histórico, esse eu fiz com a @experiencelugano e a guia também falava português.
Fazer um tour guiado é ótimo para descobrir a história e curiosidades do lugar acompanhado por um local e, se sobrar tempo, pode voltar onde mais gostou no seu ritmo. A caminhada começou no Parco Ciani e foi até o LAC entrando em diversas ruas do centro histórico.
Como a moeda local é franco suíço, se for passar apenas 1 dia opte pelo cartão de conta internacional para não perder no IOF nem levar o dinheiro para passear nos outros países. Em seis dias usei somente uma moeda de franco suíço para ativar o locker da hospedagem. Todo o resto foi pago com cartão.
Entre as curiosidades descobertas estão:
- Pela lei local, os prédios têm no máximo 6 andares, muitos com pinturas nas janelas, ou imitando uma janela. O motivo era o imposto cobrado pela abertura para ventilação nos séculos passados, para economizar, os moradores pintavam e jamais abriam ou nem construíam o buraco, deixavam apenas a ilusão na fachada. Já vi isso em outros lugares da Europa, mas essa história ouvi pela primeira vez com a guia.
- Em Lugano se come panetone o ano todo e existe uma briga da origem da criação entre Lugano e Milão. Falando em comida, outubro é tempo de polenta, castanha e risoto. O queijo local é zincarlin, portanto, será mais barato que os outros queijos. A bebida é gazzosa ticinese engarrafada em vidro se transformando em um belo souvenir e garrafa para colocar água potável das fontes espalhadas pela cidade. Para produtos locais, procure o símbolo vermelho e azul nos estabelecimentos.
- O comércio fecha aos domingo, inclusive supermercados. Mas atrativos turísticos funcionam normalmente.
Quanto tempo ficar em Lugano e o que fazer com calma
Fique ao menos dois dias com tempo integral para turismo e não deixe de visitar:
O Parco Ciani foi onde passei mais tempo por abrigar o Palazzo dei Congressi, local do evento, e alguns prédios históricos como Cancello Sul e Vila Ciani. Ali tem a praia do lago Lugano para os mais corajosos tomarem banho gelado ou alugarem pedalinho e caiaque. Também diversas esculturas, jardim, bancos para sentar e curtir a paisagem ou relaxar da caminhada. Em frente fica a Piazza Indipendenza em menor tamanho e com esculturas impressionantes.
Seguindo em direção ao centro histórico vai passar por arcos lembrando Bolonha em ruas e praças como a Piazza della Riforma, Via Pessina, Piazza Mercato e Via Nassa, essa última para vitrines de moda a antiquários com as marcas mais chiques do mundo. Já a Piazza Mercato é o local das feiras de rua sob os arcos, aos sábados têm artesanato e antiquário, às quartas e quintas pela manhã é de alimentos e flores.
Voltando para as margens do lago, estará a Chiesa Santa Maria degli Angioli (1499), igreja do antigo convento ao lado (hoje hotel) em estilo romântico. Embora a fachada pareça simples, o seu interior exibe uma parede inteira coberta por um afresco renascentista de Bernadino Luini (século XVI), talvez o afresco mais famoso da Suíça, entre outras pinturas e detalhes arquitetônicos que valem a entrada, é gratuito.
Para contrastar, ao lado está o Lugano Arte e Cultura – LAC, o prédio contemporâneo em frente ao letreiro Lugano é museu de arte moderna e teatro onde assisti musicais regionais durante a abertura do evento. Ótima acústica.
Continuando pela margem do lago Lugano, caminhe pelo Giardino Belvedere até o outro lado da cidade. Ou volte para o Parco Ciani.
De todos os pontos da orla há vistas emolduradas pelas montanhas, parques, jardins, trapiches e muitas sombras de palmeiras e outras árvores não comuns na Suíça.
O lago Lugano é navegável e quem possuí o Swiss Travel Pass, não paga o transporte para passear de barco e fechar com chave de ouro esse roteiro.
Hospedagem em Lugano
Meus amigos ficaram no Lugano Dante, com melhor localização por ser na porta do funicular que leva para a estação de trem e em pleno centro histórico. Jantei no restaurante, participei de alguns eventos no hotel e achei a decoração linda e moderna. A única reclamação de um dos meus amigos foi o quarto ser no subsolo sem janela, avalie isso na hora de reservar a acomodação.
Eu fiquei na parte alta, muito bem localizada atrás da estação de trem. Mas só recomendo o Hotel&Hostel Montarina para quartos privativos, hostel foi uma péssima escolha. Também fiquei na cidade vizinha Balerna e foi bem prático e muito mais econômico na chegada de Milão por ser em frente a estação de trem com excelente restaurante. Contei detalhes dessas hospedagens e mais dicas para economizar na Suíça no artigo.
Onde comer, beber e se divertir
Lugano é vibrante de dia e de noite, mas não na madrugada, as ruas ficam desertas, o transporte público não funciona e o silêncio impera. Mesmo assim é muito seguro, confirmo porque voltei quase todas as noites a pé dos bares a seguir, sendo a maioria das vezes sozinha.
Comece com um jantar entre as diversas opções da Piazza della Riforma, a principal praça de Lugano é cercada por prédios e acontecimentos históricos importantes.
Então prolongue com um happy hour com vista para o lago na Seven, que também vira balada até 5h da madrugada. Ou escolha os bares mais tranquilos abertos até tarde da noite (1h no máximo) como Bar One e Bar Opps. Todos têm boas opções no cardápio.
Para refeições em restaurantes e cafés, recomendo Vanini, Flamel e Grand Café Al Porto. Todos com preços salgados para bolsos brasileiros, mas excelentes ambientes e boa comida.
Endereços:
Bar Number One está mais perto do centro na via D’Alberti, 1.
Bar Opps é próximo da universidade na via Carlo Maderno, 24.
Flamel Bistrot & Mixology Lounge é o restaurante do hotel Dante na Piazza Cioccaro, 5.
Grand Café Al Porto aberto o dia todo na via Pessina, 3.
Vanini Dolce e Caffè é um dos restaurantes com mesas ao ar livre da Piazza della Riforma, 1.
Seven Lugano The Club é o mais central na via Stauffacher, 1.
Como chegar a Lugano e circular
Passei por ali em dois momentos, primeiro vim de Milão direto do aeroporto, depois de Interlaken, sempre de trem usando o Swiss Travel Pass.
Quem vem de Milão, pode escolher tanto o trem regional (mais barato com duração de 2 horas) ou o Eurocity (EC) da Trenitalia, que partem da Milano Centrale ou do aeroporto (o passe suíço só vale ao passar a fronteira). A viagem leva 1h20. Já de Lucerna ou Zurique são cerca de 2h30 em trens regionais, inclusive passando pelo túnel mais longo do mundo, ou o panorâmico Gotthard Panorama Express vindo de Lucerna. As estações de Lucerna e Zurique fazem conexões com qualquer região do continente.
Apenas atente na hora de comprar o bilhete conforme o seu local de hospedagem. São duas estações de trem: Lugano e Lugano Paradiso com quase 3 km de distância entre elas. Lugano é a mais central, na parte alta e com funicular para o centro histórico. Ao lado fica a estação de ônibus Lugano Nord.
Se ficar hospedado na parte baixa é prático fazer tudo a pé margeando o lago ou pelas ruas centrais. Já a parte alta pode ser pesado subir os degraus por uns vinte minutos, mas tem funicular no interior da estação de trem de Lugano até a estação Lugano Città em apenas dois minutos, além de outros para subir nos montes Monte San Salvatore e Brè.
Quem está em algum meio de hospedagem no Cantão Ticino, irá receber o Ticino Ticket que dá direito a usar o transporte público regional sem custo e descontos em atrativos. Caso tenha o o Swiss Travel Pass, lembre de andar sempre como o seu passaporte para comprovar ser você.
Mapa de Lugano
Essa viagem foi um convite da Adventure Travel Trade Association, Ticino e Switzerland Tourism.
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