Chegou o momento mais esperando do Adventure Bloggers – a trilha no interior do cânion Itaimbezinho, no Parque Nacional Aparados da Serra. A aventura estava na minha lista de desejos há muito tempo e finalmente, em dezembro, adentrei na imensa fenda e vi os paredões de baixo para cima.
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Como foi a Trilha do Rio do Boi
Começou pela mata fechada, pisando em farelo de pedra, até alcançarmos o leito do rio. Uma clareira se abre e visualizamos o início do cânion a partir do Morro da Mamica. O rio tem um cheiro forte (diferente, não desagradável) e muda de curso a cada grande enxurrada, ainda dava para ver o antigo trajeto seco e tomado por pedras, por ali seguimos em direção às paredes crispadas do Itaimbezinho.
Nesta trilha passamos a maior parte do tempo com as pernas dentro da água, seja seguindo pelo rio ou cruzando ele. A correnteza estava forte em alguns trechos, mesmo com o baixo volume do rio, por isso cruzamos de mãos dadas tentando manter o equilíbrio. Cada passo era diferente e os guias iam indicando os melhores caminhos.

Como aconteceu no interior do Malacara, aqui as pedras também vão aumentando de tamanho, com a diferença de serem maiores e terem mais volume de água ao redor. Elas caem dos paredões gigantes e vão rolando pelo rio perdendo tamanho até virarem o farelo do início da trilha.

Dezembro é época das aranhas se reproduzirem, elas estavam por toda parte e tinham tamanhos variados. Não vi caranguejeiras, mas outros viram. Em áreas com correnteza, as pedras próximas são um ótimo apoio, mas tem que dar uma olhada antes e conferir se não estão tomadas por bichinhos de oito patas.

Belezas da trilha
Mas o passeio não é feito só de desafios, muita beleza e pureza nos cercam. A natureza se exibe constantemente nas cachoeiras, pedras, plantas, insetos coloridos e gargantas estreitas. Um dos pontos altos é escorregar no tobogã natural logo no início. O guia teve que mandar agente parar ou não teríamos tempo de chegar no objetivo.

O final da trilha é quando enxergamos a grande fenda e as paredes tomadas por florestas de araucárias no topo. Existe a possibilidade de continuar por mais uns 45 minutos até o portal (pedras imensas que fecham o caminho). Mas depende da hora, do clima e do preparo físico de cada um. A partir desse ponto é considerado de alta dificuldade.

Trilha do Rio do Boi exige guia
Ao total foram 12 km, ida e volta, em oito horas com paradas para banhos, lanche e fotografias. A Trilha do Rio do Boi não é super difícil, mas exige certos cuidados e a experiência de um guia local, sem esquecer a habilidade de caminhar pelas pedras. Não são poucas as histórias de pessoas que decidiram se aventurar por conta e não conseguiram sair tão fácil, tendo de serem resgatadas ou acudidas pelos moradores.
Existe o fator clima, se chove em Cambará do Sul, por exemplo, quem começa a trilha com sol só vai perceber quando sentir o nível da água subindo e, se chover muito, vem o aguaceiro arrastando tudo pela frente. Os guias credenciados se informam sobre o clima no alto da serra antes de entrar no cânion e andam com rádios para serem notificados ou pedirem ajuda se for necessário. Quando o nível da água sobe, eles conhecem caminhos alternativos pela mata.

Tome Nota Trilha do Rio do Boi
O uso de caneleira é obrigatório para evitar lesões e picadas de cobra. Não vimos esses animais, mas podem aparecer. As caneleiras são fornecidas pelo guia.
Ficar encharcado é praticamente certo, agora não precisa molhar câmeras, documentos e a roupa seca dentro da mochila. Os sacos estanques que recebemos da Sea to Summit foram providenciais. O rio nem chegou na cintura, mas poderíamos cair a qualquer momento. Outro acessório útil foi o bastão Azteq, ajudou bastante no equilíbrio e ficava pendurando no braço quando eu precisa usar as mãos. Veja o texto sobre as roupas e calçados mais adequados.
O Parque Nacional Aparados da Serra abrange os municípios de Praia Grande (SC) e Cambará do Sul (RS). Para fazer essa trilha tem que estar em Praia Grande e contratar um guia credenciado. A entrada é no posto do Ibama onde fiscalizam equipamentos e o guia. A Rota dos Canyons organiza super bem essa aventura, eles cuidam do transporte, hospedagem e guia.
Leia a versão do Leandro que já fez essa trilha algumas vezes.

Saco estanque de 20 litros protegeu todo o
conteúdo da mochila
Essa viagem foi patrocinada.
Fotos de Leandro Gabrieli e Roberta Martins.
Adventure Bloggers
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