Uma caravana com quatro caminhonetes 4×4 desde Marrakech até o deserto atravessando a cadeia montanhosa do Alto Atlas, parando em pontos turísticos e passando por povoados Berbere, um povo milenar. Foram 1000 quilômetros em dois dias (ida e volta) entre paisagens secas que iam mudando de cores e tipos de vegetação durante o percurso. Em algumas regiões não havia nenhum tipo de planta como nos cânions, onde estávamos a 2700 metros de altitude. O desenho feito pelas pedras era incrivelmente simétrico.
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Expedição ao Sahara
O caminho é bonito e diferente com montanhas muito altas. Algumas brancas de neve, outras com tons verde, vermelho e amarelo e não eram plantas e sim pedras. Logo no início encontramos um encantador de serpentes num cenário perfeito. Quanto mais perto do deserto mais rasteira ficava a vegetação com muitos cactos e terra vermelha. E de repente, em uma curva encontrávamos um palmeiral/oásis onde havia um povoado, todos nos abanavam, eram sorridentes (com poucos dentes) e todas as mulheres vestiam burcas. As casas eram feitas barro, pedra e folhas de palmeira. O barro conserva a umidade e clima agradável mesmo nos dias em que a temperatura chega a ser mais de 50°. Esta época o clima é bom entre 5° e 30°, de noite faz muito frio.
Na estrada haviam poucos carros e a maioria eram caminhonetes, o nosso carro era bom, mas o motorista era um perigo. Fazia ultrapassagens perigosas e pisava fundo no acelerador tirando finos da proteção. Eu olhava para os penhascos profundos e via várias partes onde esta proteção estava falhada, devem ter sido acidentes fatais. Não existia comunicação com o motorista ele falava árabe ou francês, dentro deste carro ninguém falava nenhuma dessas línguas. O pior era que ele insistia em falar comigo, então eu respondia qualquer coisa em português e ele fazia uma cara muito estranha, mas entendi o desrespeito à mulher quando mandou eu limpar o carro e não queria que eu fosse na frente. Meus colegas homens só riam.
Dunas de Tinfou e o acampamento
O objetivo do primeiro dia era ver o pôr do sol nas Dunas de Tinfou, onde acampamos. Passamos pelas cidades de Ouarzazate, Agdz e continuamos para Zagora pelas montanhas do Anti-Atlas. Quando o carro parou e vimos a primeira duna, fomos correndo e foi um espetáculo ver o dia escurecer sentada no topo da duna. Haviam dromedários, serpentes e um acampamento árabe luxuoso nos esperando com brilhos, almofadas e muitos tapetes. As barracas eram de pano sustentadas por troncos de madeira. Pessoas nos serviam, jantamos com taças de cristal e vários pratos típicos (bem melhor que a comida espanhola, muito curry e pimenta), depois ficamos nos tapetes ao redor do fogo tomando vinho marroquino. É proibido pelo Islã beber álcool em todo o país, mas o guia deu um jeito. Passei muito bem, não esperava tanto conforto no deserto.
No dia seguinte voltamos para Marrakech passando por Ouarzazate, almoçamos com vista para o Kasbah de Aït Benhaddhou e entramos no Kasbah de Taourirt, que já foi estúdio e cenários de filmes de aventura. Kasbahs são fortificações de barro da época de tribos e guerreiros, as cidades eram construídas atrás de suas muralhas.
Encantador de Serpentes
Na ida encontramos um encantador de serpentes esperando por turistas que passavam na frente do Kasbah de Aït Benhaddhou. Foi um show com cobras e escorpiões que deixaram a plateia morrendo de medo da naja.
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Fotos de Roberta Martins e equipe Vasava.
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