Seja de bicicleta, a pé ou na Vespa, em poucas horas dá para passar em frente a todas as atrações de Pádua. Ou Padova como chamam os italianos. Contudo, conforme vamos descobrindo a história, vendo as construções e conversando com italianos, a vontade de se aprofundar aumenta e é preciso fazer escolhas.
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Pádua
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Apesar de ter ficado cinco dias por ali, deixei apenas um e meio para explorar Pádua. Foi pouco, mas fui bem assessorada e consegui fazer um roteiro quase completo para descobrir esta cidade jovem e elegante. Não deixe se enganar pela arquitetura medieval ou as lendas sobre os primeiros habitantes datarem de 1185 AC. Há séculos é uma cidade universitária que se renova a cada início de semestre.
Saiba o que ver e fazer em Pádua
O Prato della Valle é um bom ponto de partida, ao redor ficam a Basílica de Santa Justina, o Horto, O Santo e a Via Roma que leva para uma concentração de construções históricas poucas quadras dali. Então pegue o mapa, escolha onde quer parar e vamos começar:
Prato della Vale
É a maior praça da Europa (88 m²) e um dos símbolos de Padova, também conhecido como o prado sem grama. Já foi teatro romano, prado para corridas de cavalo, mercado medieval e onde Santo Antônio dava seus sermões. Tem formato oval com um canal circular, chafariz central e 78 estátuas de personagens ilustres que nasceram ou passaram por Padova. Algumas estátuas são engraçadas, outras curiosas, mas o melhor de passar um tempo caminhando por ali e observar as pessoas: alguns estudam, outros namoram, conversam, observam o movimento ou simplesmente pensam.
Basílica de Santa Justina
A Basílica de Santa Justina (313) é a mais antiga da cidade e guarda relíquias de santos. Está presente em quase todas as fotos da praça.
Horto
O Horto (1545) é o jardim botânico mais antigo da Europa e Patrimônio Mundial da Unesco. Tentei entrar duas vezes, mas nunca consegui chegar a tempo. No verão funciona até 19h, mas em outubro começa a fechar às 15h e eu não tinha essa informação.
O Santo
A Basílica de Santo Antônio, a atração mais visitada em Padova que já foi tema de artigo aqui. A cidade também é conhecida por ter o santo sem nome.
Seguindo em direção a Via Roma, aumentam o número de lojas e o movimento nas ruas. Vale fazer uma caminhada atenta aos detalhes, observando a arquitetura e a rotina das pessoas até chegar ao Palácio Bó, fica no lado direito, em frente ao Palácio Podestà (a prefeitura) e o famoso Caffé Pedrocchi.
Palácio Bó
Palácio Bó (1542) é a sede da segunda universidade mais antiga do mundo ocidental (criada em 1222) e palco de grandes mudanças que influenciam nossas vidas até hoje. Entre elas: a primeira graduação de uma mulher; a primeira sala de anatomia (era proibido antes) e até a descoberta da Via-Láctea por Galileu Galilei, que assim como Copérnico, também era professor ali. Antes mesmo de saber o que era, a construção já chamou minha atenção no primeiro passeio a pé, entrei e por dentro é ainda mais bonita com a história dos alunos e professores contada nas paredes. Voltei outro dia para fazer o passeio guiado e conhecer a Aula Magna e o Teatro Anatômico. Vale a pena dar uma passada no bar e prestar atenção nas paredes com a memória dos estudantes de várias tempos e também olhar o piso original da época em que foi construído.
Caffé Pedrocchi
Caffé Pedrocchi (1831) ou o café sem portas por estar aberto ao público dia e noite. É uma casa dividida por uma área gótica e pelas salas Vermelha, Branca e Verde, cada uma com cenário diferente. Na primeira sala era obrigatório consumir; a segunda foi cenário de revolução e ainda preserva o projétil disparado contra estudantes em 1848 e a terceira era para quem não tinha dinheiro e gostava de sentar com os amigos ou ler sem comprar nada, era mais frequentada por estudantes. As regras mudaram, mas a decoração permanece a mesma e o movimento também.
Neste ponto pode seguir reto em direção à Corso Garibaldi até a Cappela Scrovegni, Museu e Igreja degli Eremitani ou virar a esquerda e se perder em várias ruas interessantes com as seguintes atrações:
Palácio della Ragione
Palácio della Ragione (1218) foi sede dos tribunais cidadãos por séculos. Tem no piso superior uma das maiores salas suspensas medievais do mundo com as paredes repletas de afrescos com temas astrológicos. O palácio fica entre duas praças famosas por suas feiras de rua realizadas diariamente há oitocentos anos – Piazza dele Frutti e delle Erbe.
Frequentei mais a Piazza della Frutta, mas não tem muita diferença entre uma e outra, ambas tem mesas para sentar e ficam lotadas em vários momentos do dia e da noite. Vários restaurantes servem nas mesas e tem barracas vendendo castanhas no inverno e frutos do mar no verão. No outono o clima estava indeciso e pude aproveitar as duas opções enquanto observa o movimento tomando uma taça de vinho. Voltei mais de uma vez em horários diferentes para provar outros quitutes. Veja quais restaurantes no post onde comer em Pádua.
Passando o monumento começa a Piazza dei Signori que segue o mesmo clima das anteriores com a diferença de ter um enorme relógio astronômico e o Arco do Triunfo. Ambos no Palácio del Capitaneo. A curiosidade sobre o relógio é a ausência de um signo. Dizem que o autor deixou incompleto por falta de pagamento e libra ficou prejudicado.
Duomo
Duomo (1075) e o Battistero (século XII) fica um ao lado do outro. A catedral já precisou ser reformada diversas vezes e, por causa do Santo, não é a igreja mais visitada como acontece por toda a Itália. O Batistério tem afrescos por toda parte e merece a visita. Logo na frente começam as ruas estreitas do Guetto que levam de volta a Via Roma.
Guetto
Guetto é o bairro judeu que sobreviveu a algumas guerras e ainda mantêm a sede da comunidade Hebraica e restos da Sinagoga (1603). Fica no meio do centro histórico. Tem sinalização indicando, mas dá para notar pelo chão de pedras diferente das outras ruas. A Sinagoga fica entre as vias San Martino e Sofferino. A região tem mais igrejas e museus, mas estes foram os que achei mais interessantes.
Quem escolhe seguir reto no momento anterior vai encontrar os afrescos de Giotto na Capella Scrovegni. Giotto é considerado o precursor do renascimento e deixou sua arte em Padova no século XIV. Para entrar na capela é preciso passar antes no Museu degli Eremitani para comprar ingresso. Já era tarde e só deu tempo de ver os afrescos da capela. Tem mais Giotto e outros pintores no museu.
Padova foi murada quatro vezes em sua história. Primeiro pelos romanos e depois no século XIII e desta época ainda restam algumas portas em pontos mais afastados.
Já foi para Padova e concorda com o este roteiro? Deixe sua dica do que mais gostou e/ou indique o que faltou nos comentários.
Quer saber o que fiz nos outros dias? Leia o texto sobre o Vêneto.
Tome Nota Pádua
No Belludi 37 pode usar a bicicleta ou vespa do hotel. Localizado entre o Santo e o Prato della Valle também é um bom ponto de partida.
Curiosidade: Padova é conhecida por ser a cidade do santo sem nome, o prado sem grama e o café sem portas.
Horários: exceto pelo Horto, todas as atrações funcionam entre 10 e 18h – 19h. Algumas igrejas fecham no horário de almoço.
Palácio Bó: as visitas guiadas acontecem três vezes por dia de março a outubro e duas vezes de novembro a fevereiro. Confirme valor e horários na portaria ou no telefone 049 8275111.
Em boa parte do centro histórico não é permitido pedalar, tem que caminhar levando a bicicleta. Verifique a sinalização.
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Fotos de Leandro Gabrieli e Roberta Martins.
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6 Comments
Roberta boa tarde ! Adorei seu roteiro e dicas . irei em outubro a Pádua. tenho certeza que vou adorar . Muito grata !
Que bom Eloina, a cidade é uma graça. Boa viagem!
Amei as dicas! Vou em outubro e já anotei tudo. Bjs
Que bom Soneide, outubro é a melhor época para aproveitar a gastronomia. Se precisar de ajuda para reservar hotel, seguro viagem e outros serviços parceiros aqui do site é só chamar que eu ajudo.
Boa Viagem!
Roberta, parabéns! Vou a Pádua daqui a poucos dias e vou aproveitar as suas dicas. Obrigada,
Que legal Céu, eu estou com saudades da Itália. Boa Viagem!