Azul índigo, azul cobalto, azul celeste, azul violeta … em Chefchaouen, uma pequena cidade do norte do Marrocos, todas as tonalidades de azul se misturam em uma combinação tão relaxante como fotogênica.

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A cidade azul
A cidade azul

Poucos dias antes do Ramadã, os habitantes de Chefchaouen se dedicam a uma tradição chamada Laouacher. Primeiramente, cada cidadão é responsável por arrumar e limpar sua própria casa; depois todos se reúnem num grande mutirão para pintar de azul e branco os muros, portas e fachadas da cidade. É um ritual de purificação; mas tudo acaba virando uma grande festa: são utilizadas cerca de 15 toneladas de tinta e resultado é uma palheta mágica entre o azul celeste e o azul turquesa por todos os lados.

Eu esperava por uma amiga, que ainda não havia chegado ao país, quando decidi me aventurar sozinho pelas montanhas do Riff. Peguei um ônibus em Fez, cerca de 300 quilômetros dali e fui em direção ao norte. E entre as paradas da estrada cheia de curvas, estava Chefchaouen. Acordei de um longo cochilo e, mesmo de longe, pude ver aquela cidade azul, como uma miragem, em meio a secura marrom do entorno. Fiquei com uma sensação estranha ao despertar no meio da estrada e, ainda sonolento, não saber muito bem se ainda estava acordado ou não.

Era uma parada rápida, mas resolvi descer; mesmo fugindo do roteiro. E foi a partir daí que tive uma das melhores surpresas da minha viagem.

Gatinhos na escada
Gatinhos na escada
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Chefchaouen é irresistível

Naquela cidade cada lugarzinho se mostrava um alvo irresistível para minha maquina fotográfica; o detalhe das janelas; as ruas estreitas; a cidade antiga; a porta azul em contraste com a janela branca; o gatinho na escada; as paredes da Medina; as crianças jogando ioiô; os velhinhos jogando conversa fora … tudo reluzia à azul dando impressão de estar caminhando no fundo de uma piscina.

Conversei com alguns locais – que receberam com simpatia e curiosidade aquele viajante solitário – mas ninguém soube explicar muito bem o porquê daquele azul. Uns me contaram que é uma questão prática já que esta cor afugenta as moscas; outros disseram que foram os judeus, que chegaram aqui em 1930, quem começaram a pintar as portas e fachadas, substituindo a cor verde do Islã. Seja como for, Chefchaouen é hoje por excelência a “cidade azul”, além de um excelente ponto de partida para aqueles que querem conhecer esta zona de montanhas marroquinas.

Morador de Chefchaouen
Morador

Acabei descobrindo ao conversar com o Mohamed – um senhor de 63 anos que falava um espanhol perfeito – que a cidade é considerada um local sagrado para os mulçumanos. Ali se encontra o túmulo do santo padroeiro da região, Moulay Abdeslam Ben Mchich Alami, e que sete visitas ao seu túmulo em anos consecutivos equivalem a uma peregrinação a Meca. Descobri, também, que aquela região era a meca de outra coisa também: as cidades ao redor do Riff são os centros de produção de haxixe de todo Marrocos. Mohamed me explica algo que achei bastante curioso: a plantação de haxixe é uma atividade legal no país e dá trabalho para muitas pessoas; é permitido plantar, mas a sua venda, não.

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Segurança no Marrocos

Apesar da advertência, não me senti ameaçado em nenhum momento da minha viagem. Muito pelo contrario; nas duas vezes que fui de forma independente ao Marrocos, me senti a todo momento seguro em relação a roubos, assaltos ou algo do tipo. Nesse país, o único momento que sempre tentavam me passar a perna era na hora comprar uma lembrança nos irresistíveis mercados marroquinos.

Por isso, uma dica muito importante para todo viajante que planeja ir até o Marrocos: é fundamental saber como negociar os preços; eles regateiam tudo e isso faz parte da cultura marroquina. Com o tempo, tudo acaba se tornando um jogo divertido; mas isso é assunto para um próximo post.

Ruas estreitas em Chefchaouen
Ruas estreitas

E aí, o que achou da cidade azul do Marrocos? Responda nos comentários. Hasta la vista, viajantes.

+ Destinos no Marrocos:

Doces na Praça Djemaa El-Fna, Marrakesh, Marrocos

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Tours e experiências

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Tome Nota

Onde ficar: Fiquei hospedado no Dar Echchaouen, um hotelzinho simples, mas com uma decoração cheia de estilo e seguindo as tradições berberes. No restaurante é possível degustar pratos tradicionais como a sopa do deserto, o yorgut de leite de cabra ou o tajine berber. RESERVE AQUI

Onde comer: Estive no Auberge Dardara, perto da entrada da cidade, onde comi um delicioso cuscuz de coelho e vegetais. O local é simples, mas a atenção no atendimento, o cuidado na preparação dos pratos superaram as minhas expectativas. Outra recomendação é o restaurante a Lâmpada Mágica, com uma bela vistas sobre a praça central propõe especialidades marroquinas com uma decoração própria das “Mil e Uma Noites”.

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Autor Davi Carneiro

Davi Carneiro é baiano, jornalista, viajante, blogueiro de viagens, aprendiz de escritor e formado no Master de Periodismo de Viajes em Barcelona. Atualmente mora na Romênia. | Siga no Instagram

3 Comments

  1. Davi Carneiro Reply

    Obrigado por comentar e por estar aí, Amélia. Muitas outras aventuras virão!

    atenciosamente,

    Davi

  2. AMELIA L C LIMA Reply

    A curiosidade inata de um bom andarilho,rende belos textos como este,que nos faz viajar junto com o autor.Parabéns!

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