Velha conhecida dos amantes do surf, palco de campeonatos internacionais e local de treino de vencedores como o brasileiro Gabriel Medina, Jeffreys Bay é um dos melhores picos de surf do mundo e foi uma das paradas na viagem pela África do Sul.

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Jeffreys Bay

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Jeffreys Bay era uma cidadezinha de pescadores até a região servir de cenário para o documentário épico – Endless Summer (1966) – e começar a atrair a galera do surf. Hoje tem astral parecido com algumas praias brasileiras, opções de hospedagem, bons restaurantes e vários outlets de marcas famosas. Localizada na província de Eastern Cape, exatamente na Sunshine Coast (costa do sol), é banhada pelo oceano indico e ao lado da Garden Route, uma das estradas mais bonitas do mundo.

Vista da varanda do nosso quarto em Jeffreys Bay
A Sunshine Coast

O mar conhecido pelas ondas grandes e longas nem sempre é assustador como mostra o vídeo no final do artigo, na maior parte do ano é agitado, mas com ondas razoáveis e foi assim que encarei minha primeira aula de surf.

Primeira aula de surf em um dos melhores picos do mundo
Primeira aula de surf em um dos melhores picos do mundo

Aula de surf em Jeffreys Bay

Aula teórica em Jeffreys Bay
Aula teórica

7 horas da manhã e o instrutor contava empolgado seus dias de treino com Medina e outros brasileiros que passam temporadas estudando inglês e surfando em Jeffreys Bay. Eu caminhava carregando a prancha e ouvia tudo morrendo de sono e fome porque não deu tempo de tomar café da manhã (péssimo para o desempenho). Mas abri bem os olhos e puxei conversa quando percebi a quantidade de mães d’água gigantes (uns 40 cm de diâmetro) mortas na beira da praia.

– O mar está cheio delas e queimam mesmo, mas a gente não sente na hora, só depois.

Dizia sorrindo o instrutor.

Guilherme conseguiu ficar em pé na prancha
Guilherme conseguiu ficar em pé na prancha

Apesar de vestir um long john (roupa para surfar no frio), sentia receio pelos meus pés, rosto e mãos descobertos. Mas a vontade de começar a praticar surf na lendária Jeffreys Bay soava mais forte. Também seria a última chance da viagem depois de tentativas frustradas de surfar em Cintsa e Cooffe Bay por causa do mau tempo ou excesso de jellyfish (mãe d’água).

A aula começou na areia e continuou por quase duas horas divertidas dentro d’água. Mesmo sem conseguir ficar em pé nenhuma vez, adorei a experiência e repetiria até aprender. Talvez um mês intenso seja suficiente… Nós ríamos o tempo todo com os caldos ou de nervoso fugindo das amigas venenosas. E pra completar, foi emocionante ver um casal de baleias logo atrás da gente, as ondas atrapalhavam a visão, mas a sensação de sentir elas bem pertinho já valia. No final a fraqueza me venceu e só deslizava no raso, nem tentava mais levantar, eu precisava de comida!

A temperatura da água estava agradável na primavera, pelo menos para quem está acostumado com as águas do sul do Brasil, e nem usaria long se não fosse pelas mães d’água. Ainda bem que elas passaram sem me tocar.

Praia em frente ao hotel
Praia em frente ao hotel

Quem não se interessa pelo esporte pode curtir a praia, a noite e as lojas de Jeffreys Bay. O visual é bonito e deitar na areia é relaxante quando o vento está calmo. Foi onde degustei um delicioso jantar de frutos do mar com vinho que acabou se tornando o melhor custo benefício da viagem no quesito restaurante. O Kitchen Windows fica na beira da praia e oferece culinária contemporânea com estilo. Pratos bonitos de ver e provar.

Peixe local e muito saboroso - kinglip gratinado
Peixe local e muito saboroso – kinglip gratinado
Salada de frutos do mar divina
Salada de frutos do mar divina

Compras em Jeffreys Bay

Loja de fábrica em Jeffreys Bay
Loja de fábrica da Billabong

Geralmente, consumismo fica fora das minhas prioridades de viagem, mas depois de tantas recomendações fui verificar e a compradora compulsiva baixou em mim. É muito barato e de qualidade. Acabei renovando meu guarda-roupa, quer dizer, a mochila, doei uma roupas para caber as novas. A cidade tem uma rua cheia de lojas de fábrica e outlets de marcas como Rip Curl, Billabong, QuickSilver e outras. Em outubro vitrines anunciavam promoções de até 70% de desconto. Mas para encontrar as barbadas tem que ir com tempo, passar os lançamentos e vasculhar o fundo das lojas. Comprei biquínis, calças e vestidos por U$13, cada, bolsa por U$17 e uma calça de veludo maravilhosa por U$40. Só não levei mais porque a loja estava fechando.

Promoções em rands. R10 = U$1
Promoções em rands. R10 = U$1
Em pleno surto consumista
Em pleno surto consumista

Definitivamente Jeffreys Bay merece, no mínimo, dois dias, um para compras e outro para a praia. Se o objetivo for surfar, o ideal são semanas. Sinta o clima nos melhores momentos do campeonato mundial de surf J-Bay 2014.

+ Entenda os novos limites de compras no exterior

As lojas abrem durante a semana das 8h30hs às 17hs e não tem conversa no final do dia. Anunciam em alto falantes quando está próximo de fechar e te mandam embora mesmo. Sem ter esta informação tive apenas duas horas de surto consumista e só consegui visitar uma loja, a da fábrica da Billabong. Além de produtos baratos, dá para pegar de volta 14% do valor pago no Tax Free. Veja como proceder no post Dicas aos viajantes África do Sul.

Tome nota

Hospedagem: Island Vibe Surf Camp possui acomodações em cabana na beira da praia, quartos compartilhados, suítes e área de camping. Fiquei em suíte com varanda direto para o mar e barulhinho das ondas o tempo todo. Diversas atividades (como aula de surf) podem ser agendadas na recepção e hospedes ganham voucher de desconto nas lojas da Billabong.

RESERVE AQUI

Quando ir: a alta temporada é no inverno, motivada pelos campeonatos de surf e melhores ondas entre junho e agosto. Depois é no verão com garantia de dias ensolarados.

Onde comer: Kitchen Windows abre diariamente para almoço e jantar. Fica na Ferreira Street, 80, Main Beach.

A parada em Jeffreys Bay fez parte do ótimo roteiro da Pangea Trails, 21 pelas estradas da África do Sul e Swaziland. Mas sugeri uma revisão para ficar mais tempo na cidade porque menos de 24 horas foi muito pouco.

Vista do quarto em Jeffreys Bay
Vista do quarto

Fotos de Roberta Martins, André Motta e Cris Marques.

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Para saber tudo o que eu fiz durante esta viagem, veja o vídeo e os links para os artigos no post O que fazer na África do Sul – 33 dias em 5 minutos.

O projeto Blogueiros na África do Sul (#DescubraAfricadoSul) foi uma realização do Travel Concept Solution e apoio da Pangea TrailsSouth African AirwaysDetecta Hotel e incentivo da agência nacional de turismo (South African Tourism), da cidade de Joanesburgo (Joburg Tourism) e também de Cape Town (Cape Town Tourism). A viagem foi patrocinada, mas as opiniões aqui expressas são de livre expressão do autor. Veja também os blogs que participaram da viagem: Dentro de MochilãoTerritóriosViajando com Eles e Viagem Criativa.

Autor Roberta Martins

Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 16 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram

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