Após vinte dias verdadeiramente intensos pelas estradas sul africanas, o cansaço começou a bater e a escolha de passar o último dia em um haras hotel fazenda parecia perfeita… E vou contar, foi muito melhor! Foi divertido, emocionante e surpreendente se envolver com os cavalos percheron e ser acolhida pelos moradores do Outeniqua Moon Percheron Stud e Guest Farm.
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Embora para algumas pessoas não seja tão incrível assim. Para uma apaixonada por animais, que sai abraçando bichinhos quando se sente à vontade como eu, é lugar para ficar dias renovando as energias e aprendendo sobre uma raça que trabalhou tanto pela humanidade. Em poucas horas de conversa com Peter e Christine é fácil entender a dedicação deles e também se encantar pelos percheron.
Sobre a raça Percheron
A raça de cavalos percheron surgiu na antiga região francesa de La Perche por volta do ano 732, atualmente Vale du Loire e Normandia. Era o cavalo trabalhador quando não havia motores para carregar o pesado. Era reconhecido por sua força, beleza e estilo, além de ser o favorito dos fazendeiros até antes da segunda guerra mundial. Então vieram os tratores e os percheron foram esquecidos, desvalorizados e quase extintos se não fossem os amantes da raça como a família que nos acolheu na sua fazenda. Hoje são atrações turísticas em pequenas propriedades rurais, desfiles e puxam carruagens antigas em algumas cidades.
Percheron é a raça mais alta e pesada do mundo chegando a quase dois metros de altura, mais de uma tonelada e de forma alguma assustadora. A pelagem comprida, a força dos músculos e a docilidade conquistam quem se aproxima com respeito. Geralmente são brancos ou cinzas, nascem escuros e vão clareando o pelo conforme a idade avança. Quando estive lá, conheci o cavalo mais alto da África do Sul e ele ainda era adolescente de 18 messes. Hoje deve estar ainda mais bonito e bem maior.
A experiência no Outeniqua Moon
Em Outeniqua Moon, os cavalos são os hospedes principais e não estão ali para serem encilhados, chicoteados ou apenas mais uma atração da fazenda. O local foi criado com a finalidade de protegê-los e só pode montar no pelo aos cuidados do tratador. Também pode ajudar na lida dando comida, escovando ou simplesmente conversando com os novos amigos.
E ainda tem os dois cachorros da raça dog alemão educados para não importunar os visitantes, mas o comportamento cai por terra quando eles percebem que estamos loucos para brincar com eles. Claro, por segurança é preciso dar um tempo para eles sentirem o nosso cheiro e se acostumarem com a nossa presença, mas comigo foi bem rápido. O filhote eu quase trouxe pra casa, este grandão manchado tinha apenas 11 meses e não trazia o hábito nojento de lamber a cara das pessoas. Ele olhava pedindo permissão pra bagunçar e azar de quem deixar porque ele não tem noção do tamanho. Prova da nossa afinidade e respeito foi ele estar atento na porta da nossa cabana sem fazer barulho de manhã cedo, entrou no nosso quarto somente quando o Guilherme abriu a porta e pediu para ir até o nosso quarto. Nós adoramos ser acordadas por ele.
Quem gostou do conceito, mas prefere manter uma certa distância dos bichos, também vai curtir a hospedagem. Os animais não se aproximam, ficam ali compondo o cenário e podem ficar do outro lado da cerca quando solicitado. Tem um chalé cercado, piscina, cama elástica, passeio de charrete e deliciosa comida caseira em quatro refeições diárias (no nosso pacote).
As refeições são servidas na casa dos proprietários com toque inglês, um bom papo e até visita de cavalo na varanda. Ele nos viu comendo e veio pedir cenouras. A casa principal tem quartos de hóspedes e abrigou os nossos amigos alemães. Nós quatro ficamos no chalé ao lado.
A nossa cabana
Um chalé com decoração delicada e elegante é dividido em dois quartos, sala, cozinha, banheiro e varanda. Em apenas um dia faltou tempo de aproveitar a casa, mas era bem equipada para preparar as refeições ou simplesmente relaxar.
Trabalho voluntário
Outeniqua Moon também é um santuário para cavalos resgatando os animais de maus tratos ou abandono, e não apenas os percheron. Este ano desenvolveram um programa para receber voluntários que irão ensinar crianças locais sobre trabalhar com os cavalos e ajudar na rotina do Percheron Conservation Project. A duração é de duas semanas e os requisitos são ser fluente em inglês, ter entusiasmo e amar cavalos. No momento são 18 percheron de todas as idades.
Para saber tudo o que aprendi nesta viagem leia o Dicas aos Viajantes
Tome Nota Outeniqua Moon
Outeniqua Moon Percheron Stud and Guest Farm fica na rodovia R328 na cidade de Ruiterboos. 21 km região de Mosselbay e da Garden Route.
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Para participar do trabalho voluntário fale com Alex da Pangea Trails. Se hospedar na fazenda fez parte do roteiro de 21 dias entre Pretória e Cape Town da mesma empresa.
Fotos de Roberta Martins, Cris Marques e Guilherme Tetamanti.
Acompanhe todos os posts sobre esta viagem no artigo resumo – 33 dias em 5 minutos.
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O projeto Blogueiros na África do Sul (#DescubraAfricadoSul) foi uma realização do Travel Concept Solution e apoio da Pangea Trails, South African Airways, Detecta Hotel e incentivo da agência nacional de turismo (South African Tourism), da cidade de Joanesburgo (Joburg Tourism) e também de Cape Town (Cape Town Tourism). A viagem foi patrocinada, mas as opiniões aqui expressas são de livre expressão do autor. Veja também os blogs que participaram da viagem: Dentro de Mochilão, Territórios, Viajando com Eles e Viagem Criativa.
2 Comments
Thank you for helpful information sharing with us.
You’re welcome, I am glad you were able to read in Portuguese. We do translate some articles to https://en.territorios.com.br/, but the preference is about South America content.