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Hotel de selva: Juma Amazon Lodge
O hotel Juma Amazon Lodge fica perto da copa das árvores, a doze metros de altura, com passarelas interligando os quartos e áreas comuns. É construído em madeira sobre palafitas e telhados de folha de babaçu. Utiliza a mesma estrutura e elementos da natureza local que os ribeirinhos usam para construírem suas casas e sobreviverem na época de cheia.
Peguei os últimos dias de plenitude da floresta alagada em julho, o tempo de seca se aproxima e os rios começam a baixar o nível, chegando a mais de 12 metros antes do final do ano. Nesta época, o único jeito de chegar e sair do hotel é em barco pequeno para navegar entre as árvores nos igarapés. Nessas horas entra o segundo cenário de filme, o espetacular reflexo da água faz nossa imaginação correr solta.
Se afastando das luzes do hotel, não existe nenhuma iluminação a não ser das estrelas, que viram a atração principal. Quando o barco para, o guia pede para gente escutar o som da floresta e desliga a luz da lanterna, a noção de espaço se perde. Estamos navegando no céu! Pensei extasiada, as estrelas também estão embaixo do barco e o rio já não existe mais. Depois dessa sensação maravilhosa foquei meu olhar no rio e parecia que estávamos voando. O barco seguia lentamente e a iluminação da lanterna fazia as arvores refletirem na água, criando a ilusão de que não havia cheia e a selva estava sob nós.
O reflexo ocorre devido à cor escura do rio Juma, semelhante ao Rio Negro, proveniente da decomposição da vegetação. A boa notícia é que o pH baixo desses rios impede a sobrevivência de insetos, ou seja, não existe mosquitos e passear de barco é muito agradável de noite.
Estamos na selva, é comum ver arara, tucano, bicho preguiça, boto e dezenas de espécies de pássaros. Dois filhotes de bugio moram no hotel e fazem a alegria dos hospedes. São curiosos, gostam de puxar cabelo e a fêmea é traiçoeira, finge ser amiga e morde. Mas de leve, nada que precise de primeiros socorros.
O comprometimento dos funcionários
O atendimento dos funcionários e da própria dona (um dos sócios) é diferenciado. Todos são da região, muitos ribeirinhos, treinados em atender bem sem perder a simplicidade. O hotel se preocupa em gerar emprego para os locais e conscientiza sobre a preservação criando e apoiando projetos junto à comunidade.
O guia nos recebe na chegada e nos acompanha até a partida. No restaurante, um quadro exibe as atividades do dia para cada grupo conforme o guia. Ele apresenta o cardápio de todas as refeições diariamente e senta para comer junto com a turma, estreitando o relacionamento. A mesas são divididas por grupos e levam o nome do respectivo guia.
O nosso guia foi o Kenrick, um índio da Guiana, nascido em aldeia, que veio criança para o Brasil. Eu nunca tinha visto um guia tão empolgado, era tão turista quanto nós. Apesar de fazer o mesmo trabalho há 8 anos, ele continua encantado pela floresta como se estivesse descobrindo algo novo. Tirava fotos da paisagem, conosco e pedia para tirarmos fotos dele, como se já não tivesse milhares nos mesmos lugares. Essa empolgação era contagiante e a energia do grupo excepcional.
Os passeios dentro e ao redor do hotel de selva
As atividades estão inclusas na diária e mudam conforme a época e oportunidade. Nos três dias hospedada lá foram várias saídas de barco contemplativas, pescaria de piranha, focagem de jacaré, nascer e pôr do sol, revoada dos pássaros, banho de rio, trilha na selva, visita à comunidade ribeirinha, palestra e observação da fauna. Ainda tem passeios como escalada em árvore, pernoite ao relento, piquenique, entre outros.
São quatro refeições diárias (café da manhã, almoço, lanche da tarde e janta) preparadas com produtos locais e frutas da estação. Sempre com opções variadas e, no dia da pescaria, o cozinheiro prepara o fruto da nossa pesca. Mas não gostei de comer piranha, tem peixes melhores. O destaque fica com tapioca feita na hora no café da manhã e o pudim, também de tapioca, servido depois do almoço.
Os bangalôs dos hotel de selva
O hotel de selva oferece vinte bangalôs no meio da mata, todos com varanda e rede, mas apenas 4 com água quente em determinados horários. O ambiente é rústico, confortável e totalmente desconectado. A televisão é a janela para a floresta ou a paisagem no redário, a piscina é o rio, a internet são os jogos de tabuleiro na recepção e a gente até esquece que não tem sinal de celular.
Essa viagem é uma experiência que todo brasileiro deveria passar uma vez na vida, contudo, tem sido privilégio de estrangeiros que alcançam 85% dos hospedes. O motivo é o custo alto do todo, começando pelo valor das passagens aéreas até Manaus. Mas estando lá, percebi como é complicado manter a estrutura.
A logística para levar turistas, alimentação e acessórios é difícil e fica inviável em determinadas épocas, como no período em que o rio vira lodo. Quando os rios sobem acima do nível esperado é preciso desativar o hotel e esperar o rio baixar para consertar os estragos, isso pode levar meses. E tudo é feito de madeira e palha que apodrecem com o tempo, a estrutura exige manutenção constante. O investimento para o turista acaba sendo o mesmo que se aventurar em continentes distantes, mas tenha a certeza de que o prazer será igual ou até maior. Afinal toda essa beleza faz parte do nosso país.
Tome Nota: hotel de selva
Juma Amazon Lodge oferece pensão completa, transporte desde Manaus e passeios conforme o tempo de estadia. Para aproveitar ao máximo, a recomendação é passar 6 dias.
RESERVE AQUI
Como chegar: é um dos hotéis de selva mais distantes de Manaus, os 100 km se transformam em 3 horas de viagem por via fluvial e terrestre. Entretanto, as horas de viagem são de descobertas: paramos no Encontro das Águas; os guias respondem perguntas e falam sobre a região; passamos por igarapés em alta velocidade e já percebe-se a rotina dos ribeirinhos. Partimos cedo do porto da Ceasa em lancha rápida até Vila do Careiro, seguimos em veículo até o Rio Maçarico e finalmente em lancha rápida até o hotel. Também existe opção aérea, apenas 30 minutos em hidroavião.
Veja mais fotos do hotel de selva:
IMAGENS À VENDA NA
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Esta viagem foi uma press trip patrocinada pelo Amazonastur, órgão de turismo do Estado do Amazonas.
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