Dez anos fizeram bem tanto para mim como para o Rio de Janeiro. Preciso confessar que nosso primeiro encontro foi bastante conturbado e não deixou boas lembranças. Voltei sem entender o porquê de tanto encantamento com a dita cidade maravilhosa. Mas, eis que, uma década depois, um jogo de basquete do meu time – Miami Heat – traz a oportunidade de dar uma segunda chance para esse relacionamento. A viagem seria corrida, um legítimo bate-e-volta, o que pedia um roteiro bem pensado para aproveitar o máximo dessa nova experiência.

O texto continua após os serviços recomendados no destino.

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Rio de Janeiro

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Como foram os nossos dias no Rio

Segunda chance ao Rio
Segunda chance ao Rio

As boas impressões começaram logo na chegada com uma maior boa vontade dos cariocas em dar informações. Diferente da primeira vez, ninguém nos mandou (ao meu namorado e a mim) para o lado oposto do nosso destino nem tentou nos enrolar com o troco nas passagens. Tivemos sorte também com o hostel, super bem localizado em Copacabana, perto do metrô, o que facilitou em muito a circulação pela cidade.

Dia de jogo na Arena HSBC

O sábado foi todo dedicado ao jogo do Heat na Arena HSBC (que fica longe pra caramba, levamos mais tempo, e meios de transporte, para chegar lá do que para ir de Porto Alegre até o Rio!). Porém, as três horas dentro do metrô, ônibus e BRT valeram a pena, pois o jogo foi emocionante. Mesmo com meu time perdendo na prorrogação. Na volta, perto da uma da manhã, outra grata surpresa, vários bares e botecos estavam abertos perto do hostel, com opções para todos os gostos e bolsos.

Jogo de basquete do meu time no Rio – Miami Heat
Jogo de basquete do meu time – Miami Heat
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Passeios culturais no Rio

Como não somos fãs de praia, aproveitamos o domingo para fazer outros programas longe da orla. A ideia era traçar um roteiro que, no fim do dia, nos deixasse mais perto do aeroporto. Com isso em mente, pegamos o metrô e fomos para o Centro. Primeira parada: Maracanã. Íamos fazer a visita guiada, contudo os ingressos já estavam esgotados e acabamos completando o tour por conta, alugando fones de ouvido que vão trazendo informações sobre a história do local, conforme vai se circulando lá dentro, desde os camarotes até o campo.

De lá, tentamos conhecer o Theatro Municipal, mas também estava com todas as entradas para o passeio guiado vendidas e não há outra opção para ver o prédio por dentro. Nos finais de semana devido à grande quantidade de turistas, é preciso ir com antecedência aos espaços mais procurados e fazer reserva naqueles que oferecem essa alternativa ou comprar online. Lição aprendida.

Tour não guiado no MaracanãTour não guiado no Maracanã
Tour não guiado no Maracanã
Paço Imperial
Paço Imperial

Partimos então para a Praça XV, em busca do Museu Naval. É de lá que saem os passeios até a Ilha Fiscal, conhecida por ser o palco do último baile imperial, poucos dias antes da proclamação da República. A sorte foi nossa amiga dessa vez e conseguimos dois lugares para o último passeio do dia, às 15h. Aproveitamos o tempo de espera para comer alguma coisa por ali mesmo (tinha apenas duas possibilidades abertas ao lado do embarque das balsas para Niterói e Paquetá, além da cafeteria do próprio museu).

Bem em frente de onde estávamos fica o Paço Imperial, na Praça XV, construção colonial do século XVIII que já foi residência e local de despacho de D. Pedro I e II e que hoje abriga um centro cultural. Vimos uma exposição incrível sobre o trabalho do arquiteto Oscar Niemeyer, reunindo maquetes de seus principais projetos, vídeos e desenhos feitos por ele e ainda de trabalhos que nunca chegaram a sair do papel.

Centro Cultural Paço Imperial, Praça XV, no Centro.

Passeio de escuna

Chegando na Ilha Fiscal
Chegando na Ilha Fiscal
Castelo na Ilha Fiscal
Castelo na Ilha Fiscal

Por fim, chegou a hora de ir de escuna até a Ilha Fiscal, na Baía de Guanabara, o que não leva mais que 15 minutos. O castelo, em estilo gótico e idealizado pelo engenheiro Adopho José Del Vecchio. É lindo e vai revelando seus detalhes à medida que nos aproximamos dele. A Ilha – como diz seu nome – era um ambiente de trabalho, funcionando como uma alfândega. A vista para o Centro e para o Pão de Açúcar é impressionante, ainda mais no fim de tarde, quando o pôr do sol deixa um reflexo na água que ilumina o lugar.

Vista para o Pão de Açúcar
Vista para o Pão de Açúcar
Visita guiada dentro do castelo
Visita guiada dentro do castelo

A visita é feita em pequenos grupos acompanhados por um guia que revela detalhes sobre a arquitetura da construção e curiosidades sobre o baile. Que tinha como motivação uma homenagem a uma embarcação chilena que chegava ao Rio de Janeiro. Aliás, logo na chegada, um vídeo reproduz a atmosfera e o contexto em que foi realizado o evento, comentando sobre quem estava presente, os casos, as roupas e as alianças políticas. Um dos ambientes reúne objetos originais e replicas de móveis e utensílios usados na época e outro um museu naval. Uma estreita escada de pedra leva à antiga sala do responsável pela Ilha, decorada com vitrais e mobiliário de madeira pesada. Uma verdadeira viagem no tempo. Dessa vez, nos despedimos do Rio com a vontade de voltar mais vezes.

Vista para o centro do Rio
Vista para o centro do Rio

Ilha Fiscal: passeios saem do Museu Naval, na Dom Manuel, 15, Praça XV, próximo a Praça XV, no Centro

Onde ficar bem localizado no Rio:

Hostel Solar, Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 1.102, Casa 7.

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Autor Tatiana Gappmayer

Tatiana Gappmayer Jornalista, cinéfila, apaixonada por mapas e livros de arquitetura e mochileira. | Siga no Instagram

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