Por ser a porta de entrada na Floresta Amazônica, a maioria dos turistas acaba só de passagem por Manaus. Passam poucos dias ou algumas horas entre as visitas a uma região e outra da floresta. Assim aconteceu comigo quando tive um dia entre voltar de Parintins e seguir para o Hotel de Selva; e uma tarde antes de pegar o voo para São Paulo.

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Vou contar como foi o meu roteiro neste curto período e as delícias provadas por lá. Antes quero dizer que esta viagem foi realizada há quase dois anos e a ideia era ter publicado antes da Copa do Mundo, mas com tantas viagens para contar acabou ficando de lado. Lamentável, contudo, ainda em tempo porque as atrações continuam valendo a visita, os restaurantes ainda existem e Manaus merece este espaço por aqui.

Teatro Amazonas em Manaus
Teatro Amazonas

Roteiro de 2 dias em Manaus

No primeiro momento explorei os arredores do hotel. Como era no centro ficou fácil se localizar pelo mapa e passar por alguns pontos turísticos imperdíveis como o Teatro Amazonas. As atrações se concentram no Largo São Sebastião onde fica o teatro, a Igreja São Sebastião e opções de lojas e restaurantes em casas antigas restauradas. Em clima de cidade do interior, é muito tranquilo andar pelo largo observando a rotina das pessoas, provar o tacacá, ou sorvete de frutas locais, e terminar o dia fazendo um happy hour com música ao vivo.

Tacacá da Gisela no meio do Largo São Sebastião, em Manaus
Tacacá da Gisela no meio do Largo São Sebastião

Saindo do largo o movimento, os camelôs e o barulho aumentam. Então descobri que estava na Zona Franca de Manaus, o que eu achava ser lojas grandes com eletrônicos, na verdade são barracas de rua vendendo de tudo e mais um pouco. Achei melhor passar o tempo livre no Largo São Sebastião.

Visita guiada ao Teatro Amazonas

O ponto alto do dia foi o Teatro Amazonas. Construído no auge do ciclo da borracha no Brasil, apresenta diferentes estilos clássicos que se misturam criando algo único. Está em ótimo estado por dentro e por fora e ativo em apresentações, muitas gratuitas. Fiz a visita guiada para compreender a história e me atentar aos detalhes. Em algumas salas delicadas é necessário tirar os sapatos e vestir uma pantufa para entrar e no final uma maquete feita de peças de Lego faz o maior sucesso.

Maquete do Teatro Amazonas feita em Lego
Maquete do Teatro Amazonas feita em Lego

Outros museus

Ali perto tem o Palacete Provincial que virou um conjunto de museus com entrada gratuita. É o local da Pinacoteca, Museu Tiradentes, de Arqueologia, da Imagem e do Som e outros. Mas fico devendo detalhes porque só deu tempo de passar na frente.

Segundo dia em Manaus

No último dia da viagem ao Amazonas, visitei alguns pontos mais distantes com o apoio de transporte e um guia do órgão oficial de turismo do Estado. Se fosse por conta própria só teria tempo de ver tudo alugando um carro ou em táxi, pois o transporte público é demorado e as distâncias consideráveis.

Feira da Banana
Feira da Banana
O filme inspirado em fatos reais do ciclo da borracha no Brasil
O filme inspirado em fatos reais do ciclo da borracha no Brasil

A vontade era passar na frente do histórico Mercado Municipal, mas como estava em obras e nada bem frequentado, o guia aconselhou deixar para a próxima vez e me levou na Feira da Banana. Foi legal fotografar texturas, mas bem longe do glamour da arquitetura do mercado situado poucas quadras dali. A boa notícia é que a reforma terminou e a construção entrou na lista de atrações obrigatórias de Manaus.

A próxima parada foi o Centro Cultural Palácio Rio Negro, prédio histórico com diversas atividades e exposições. Do lado de fora postes de luz antigos chamam a atenção e ali contaram que Manaus foi a segunda cidade brasileira a ter iluminação pública. Toda esta importância foi devido ao ciclo da borracha no Brasil, riqueza que impulsionou a construção de obras pomposas no meio da floresta tropical. O filme do alemão Werner Herzog – Fitzcarraldo (1982) – é inspirado nesta época e conta a história de um músico com uma louca ideia de construir uma casa de ópera no meio da Floresta Amazônica (o Teatro Amazonas).

Iluminação pública no Palácio Negro
Iluminação pública no Palácio Negro
Palácio Negro
Palácio Negro

Para finalizar, fomos para o outro lado da cidade, próximo da Arena Amazonas. Ponta Negra é um bairro nobre beneficiado por zona de lazer com ótima estrutura na beira do Rio Negro. O clima é de praia bom pra caminhar e comer açaí direto da fruta, tem calçadão, quiosques e vista para a Ponte do Rio Negro.

Praia da Ponta Negra, em Manaus
Praia da Ponta Negra

Teria muito mais para ver se ficasse mais dias na cidade. Amigos que já moraram lá sugeriram contratar um barco direto com o pescador, em um dos portos, para passear nos arredores ou ver os passeios de agências locais. Passar o dia em algum hotel de selva, visitar uma tribo e mergulhar com botos estão entre as opções.

Encontro das Águas

Um ponto essencial é ver o Encontro das Águas. É onde o Rio Negro (mais denso) e o Rio Solimões (mais barrento) correm lado a lado por 6 quilômetros até formarem o Rio Amazonas, um dos mais extensos do mundo. O fenômeno acontece devido às diferentes substâncias, velocidade e temperatura de cada rio.

Passeios pra lá acontecem diariamente ou pode ser a rota para o seu hotel de selva, como foi o meu caso. Poucos minutos depois de partir do Porto da Ceasa visualizamos a linha bem marcada, mas estava nublado e não se mostrou como as tantas fotos incríveis que já vi do local. Na volta para Manaus estava um pouco mais claro e deu pra perceber a diferença que faz o sol. Deve ser incrível em dia ensolarado.

Encontro das águas em dia parcialmente nublado
Encontro das águas em dia parcialmente nublado

Tome Nota

Hotel em Manaus: o Hotel Líder tem localização central e fácil acesso pra toda a cidade, mas a noite é perigoso andar a pé pelo pouco movimento. O quarto é confortável e a equipe atenciosa. É daqueles hotéis antigos que já teve o seu auge, mas já não se destaca entre os mais interessantes. Confira outras opções de hospedagem no Booking.

Provei comida boa e barata em quiosques de rua e restaurantes populares como:
Tacacá Da Gisela é um diferente caldo de mandioca com camarão, jambu (erva local) e uma goma que se concentra no fundo da cumbuca. É sopa, é quente e mesmo sem combinar com o calorão de Manaus, vale experimentar e repetir. Fica no Largo São Sebastião.

Do outro lado da rua fica a Sorveteria Glacial com variedade em frutas regionais e mesas na rua.

No miolo do centro gostei da Skina Dos Sucos por oferecer todas as frutas imagináveis e a famosa esfirra. Entrei pelo suco e provei a esfirra porque era o que todos estavam comendo. É simples para dividir balcão com um monte de gente. Fica na Av. Eduardo Ribeiro, 629.
Aproveite a viagem para experimentar o máximo de frutas típicas que puder, mas já aviso, o açaí sem ser de polpa não é doce e tem gosto estranho. Colocar mel resolve ou provar como os moradores fazem, eles misturam na comida salgada. E o refrigerante local é o Guaraná Baré, encontrado facilmente.

Segurança: com tantos avisos sobre assaltos em Manaus, andei com todo o cuidado e sempre em grupo, mas não vi nada que desse motivo para tanto alarde. Claro que a noite no centro, como em qualquer cidade grande, a tensão aumenta e é melhor evitar andar a pé. Prefira fazer os passeios na luz do dia.

Fuso horário: Manaus está 1 hora mais cedo que Brasília.

Veja mais fotos de Manaus:

Esta viagem foi uma press trip patrocinada pelo Amazonastur, órgão de turismo do Estado do Amazonas.

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+ O que é o Festival Folclórico de Parintins
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Autor Roberta Martins

Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 16 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram

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